sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal!

Diz que o Natal não é para se trabalhar ou estar doente. Pois bem, consegui acumular os dois. Conjuntivite nos dois olhos e trabalho no dia 24 e 25 à tarde. Ah! Que alegria. Mesmo assim estou contente por ser Natal, por comer doces a rodos, entupir as veias com açúcar, ouvir músicas de Natal, rasgar papéis com bonecos, dar beijinhos aos amigos e aos familiares, e dormir pouco. Não consegui cumprir o plano de não rebentar o orçamento. Mesmo assim estou contente. Vou ter de andar a correr entre o trabalho e o Natal. E confesso que é uma das melhores épocas do ano. Feliz Natal para todos! Sei e sabemos que 2012 vai ser do catano, no mau sentido. Mas vamos a isto de mangas arregaçadas, que desistir não é opção. Agora deixo-vos com o Sr. Sinatra.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A dita da cafeína


O que é pior que esperar uma hora para fazer um exame? É esperar uma hora para fazer um exame sem ter bebido café! Horrível. Eu, viciada, me confesso.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Estar apaixonada...

é gostar de tocar na mão do outro, de olhar com a atenção de um especialista para todos os detalhes. É ficar a olhar sem precisar de mais nada e sentir que nunca fomos tão felizes como naquele momento e que depois desse momento acabar há ainda muito mais.

Piroso, certo. Mas todas as cartas de amor são assim, tal e qual como dizia Pessoa: "são rídiculas".

domingo, 11 de dezembro de 2011

Uma das melhores cenas do filme

Ok, se calhar estou obcecada com o filme, mas esta é uma das melhores cenas de beijos de sempre.

Drive


Os críticos de cinema que me perdoem, mas sinceramente dar 1 estrela ou 2 a um filme como "Drive" ("Risco Duplo" na versão portuguesa) é incompreensível. Lá está, cada um tem liberdade de dizer o que pensa. Mas não entendo como é que este filme é mau. Juro que não consigo entender. Tem cenas de acção muito bem filmadas, uma história do bom/mau herói que no fundo é apenas humano. Tem uma história de amor bem contada, que se percebe nos detalhes, nos olhares que dizem tudo, no toque das mãos. Tem óptimos actores, reviravoltas quando menos esperamos, uma boa banda sonora. E tem o Ryan Gosling. Ao jeito de profeta, diria até que é o filme do ano.

Drive, o filme do ano College feat. Electric Youth - A Real Hero (Drive Original Movie Soundtr...

Regresso à vida normal?

Tenho tido uns dias cheios de trabalho com pouco tempo para respirar ao teclar. Até voltou o meu tique nervoso por baixo do olho. Parece um telemóvel a vibrar, mas é só o olho. Confesso que não tenho tido muito a acrescentar ao mundo e que já fui picada pelo bicho do Natal. Só me apetece encher a casa de Pais Natal na esperança que chegue logo o Natal para poder ir descansar. Até lá... é esperar.

domingo, 27 de novembro de 2011

Quando é que volta o Verão?

Fado, o património. É pena é os outros concorrentes...

Acho que qualquer pessoa fica contente quando o seu país é distinguido, simplesmente porque é uma partilha de um momento de glória. Por momentos ganhámos, todos nós, mais qualquer coisinha. Um bocadinho ao estilo deste episódio verídico: Cristiano Ronaldo numa conferência de bota ou bola de ouro (baralho-me um pouco) quando é eleito pela 49ª vez o melhor do mundo. Jornalista pergunta: "Acha que isto vai fazer com os portugueses se sintam melhor com esta crise toda?". Huuummmm... E ele respondeu: "Sim, os que gostarem de mim". A ideia é: ele é o melhor do mundo, logo os portugueses são todos os melhores do mundo e já nem nos lembramos que existe crise. Pois, nem por isso.
Bem, antes que me perca nesta explicação, quero com tudo isto dizer que sim, ficamos todos mais contentes com esta distinção do fado, mas há aqui um twist. Já repararam bem quem são os outros vencedores? Pois... Foram considerados património imaterial da humanidade 17 coisas/cenas/tradições, e no top 7 está o fado entre outras coisas um pouco inexplicáveis. Os Mariachi, tudo bem. Agora, a dança silenciosa Nijemo Kolo e as cavalgadas dos reis da República checa ou mesmo a Cyprus Tsiattist... Bem... deixemos os vídeos falar...



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Este sketch é mt bom

A EMEL é qualquer coisa de... Nem sei o que dizer, mas a falar do tema lembrei-me deste lindo vídeo.

Ai o que nós precisamos mesmo é disto

Tudo que o mundo precisava era de mais um engodo, desta vez em forma de colar quantico. Enganar pessoas não é bonito, a sério que não é. http://www.elpais.com/articulo/sociedad/Denunciado/enganoso/collar/cuantico/elpepusoc/20111116elpepusoc_8/Tes




P.S. - A voz do ministro das finanças é o melhor sonífero

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Rotundas ou espirais eternas?

Estou seriamente convencida que neste país ninguém sabe conduzir em rotundas. Assim que entram nas ditas criam faixas imaginárias, começam a visualizar inimigos em cada carro e acham que vão ficar presos para todo o sempre naquela espiral. Qual a melhor solução? Fazer a rotunda sempre pela faixa de fora, fazendo com que a viagem demore o dobro do tempo porque está toda a gente na mesma faixa. E era isto que tinha para dizer ao mundo.

Downton Abbey, uma série deliciosa

Boa, mas assim bem boa. Ao estilo telenovela sem cair no exagero. A não perder!

E outro trailer de Downton Abbey

As pessoas no geral

É inevitável nos cruzarmos com outros seres humanos. É daquelas coisas em que não há mesmo nada a fazer. Bem, podemos sempre nos tornar ermitas e fugir para uma ilha deserta ou até entrar para um convento daqueles em que é proibido falar. Isto tudo para dizer que há dias em que só me apetece ficar na cama com as gatas e restringir a humanidade a uma pessoa. O resto nem vê-los. É feio de se dizer bem sei, mas há dias em que parece que o mundo à nossa volta enlouqueceu, que todos nos chateiam a cabeça até à exaustão, que nada do que se faz está correcto, que tudo é uma grande seca e que a vida podia ser bem mais simples. Nesses dias podíamos pedir baixa por razões pessoais. Ficava em casa a fazer tricô, a comer e a vegetar. Ohhhh o verbo procrastinar nunca me soou tão bem.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dúvida existencial

Porque será que quando estamos alcoolizados temos a triste mania de falar alto? Será que os canais auditivos ficam entupidos com o álcool em excesso e nos enviam uma mensagem para ao cérebro do tipo: "Assim ninguém ouve essas pérolas de sabedoria que jorram da tua boca em momentos de boémia. Grita"? Ou achamos que, apesar de não haver barulho nenhum especia, de estarmos em casa, há uma grande festa dentro da nossa cabeça? Não sei a razão, mas intriga-me. E é coisa que me acontece com bastante facilidade para tristeza dos que me rodeiam.

sábado, 12 de novembro de 2011

Dormir

Esta semana não tive muita sorte no que toca o dormir. Acordei com o barulho alheio e sempre por volta das sete (madrugada para mim). Então sucedeu o seguinte:
Segunda-feira uma das minha gatas acordou com fome/necessidade de carinhos e resolveu queixar-se. Não quis esperar que os humanos acordassem e resolveu tratar do assunto. Toca de miar, raspar a porta. Repito, eram sete da manhã. Levou vários raspastes e nada... Só se calou com a terceira investida.
Terça-feira o meu vizinho de cima (que desconfio é surdo ou tem problemas) deixou que o seu despertador tocasse e vibrasse durante para aí uns 10 minutos de seguida, para longo a seguir a um breve intervalo voltar. E o quarto dele é exactamente por cima do meu... Repito, era, sete da manhã. O resultado foi um ataque de nervos, seguido de tremeliques, e palavras menos bonitas... Ah, e o martírio durou 20 minutos.
Quarta-feira foi uma pessoa vinda não sei de onde que resolveu tocar à campainha por volta das oito a perguntar se o senhor Manel não estava ali a trabalhar. Não estava...
É certo que não foi toda a semana, mas foi o suficiente para me fazer ter sono às onze numa sexta-feira. Espero que a próxima semana seja mais calma.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Finanças

Acredito piamente que nos departamentos das finanças fala-se outra língua, uma nova espécie de português que desconheço. Quando lá chego fico em estado de choque sem perceber muito bem o que me dizem.
Há pouco tempo apareceu-me uma dívida estranha em casa. Primeira reacção: pânico. Depois percebi que afinal estava tudo bem. Fomos ao departamento e tive de escrever por escrito um pedido que era qualquer coisa como: "Solicito o afastamento da coima". Ora aqui está uma frase deliciosa. Não peço para não pagar, não digo que não devo nada a ninguém, nem solicito a isenção da coima, mas sim o afastamento dela. Que requinte. Quero muito aplicar isto ao meu dia-a-dia. Ideia de hoje: "Solicito o afastamento do trabalho e a aproximação urgente das férias ou da reforma".

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quinta da Regaleira

Um belo passeio de fim-de-semana e vale a pena fazer a visita guiada.






sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Lá, lá, lá

Lá, lá, lá

2012

Com estas medidas todas que para aí vêm estou seriamente a considerar, como plano mais eficaz, voltar para o útero da minha mãe. Fico lá um aninho a descansar e depois volto. Ok?

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Pérolas de sabedoria

No zapping diário já tropecei em algumas pérolas da Casa dos Segredos. Aqui ficam duas deliciosas.

A voz fala para uma das concorrentes: "Diga-me o nome de um país da América do Sul?"
Concorrente: "Ai, não sei..."
A voz insiste: "Diga só um país."
Concorrente: "Hummm, não sei mesmo"
Depois vem um silêncio e...
Concorrente: "África"

Outra história bonita. Num jogo de adivinha quem sou eu, com aqueles post-its na testa, Fanny demonstra o seu raciocínio.
"É actor?"
"Não"
"Jogador?"
"Não"
Silêncio acompanhado de olhar no vazio.
"Drogado?"
Aqui está uma lógica impressionante. Depois de muitas pistas, ela percebe que é alguém ligado à religião.
"Papa João Paulo II"
"Não."
"João Paulo III"
ahhhh... Tão bom.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Gatos


Não é um vídeo novo mas é tão bom. Vou ensaiar isto com as minhas gatas e transformá-las em estrelas do You tube.

True blood... volta

Vi a primeira temporada e gostei logo, tipo paixão à primeira vista. Num misto de gritinhos de adolescente: "aiii, Bill"; "aiii, Eric" e outros gritinhos de medo. Depois a acção complica-se. A tensão sexual mantém-se e começam as loucuras de seres estranhos e a tentativa de encontrar algum sentido. As relações vão ficando menos infantis e pela segunda temporada já estamos presos. Agora a terceira... A terceira é maravilhosa. Devorei-a numa semana e para mal dos meus pecados ainda não arranjei a quarta. Nos dias seguintes senti-me um pouca orfã. Mas hei-de tratar disso brevemente.
"Sokiiiiiiiiieeee"

O meu cesto do almoço

Uma coisa que escrevi por aí no universo das letras impressas.

Somos uma geração de nostálgicos,a maralha dos 25 aos 40. É ver-nos
aos pulos quando descobrimos uma loja que vende os Pinypon e o castelo do He-Man. Chegam a vir-nos as lágrimas aos olhos quando ouvimos o genérico da Arca de Noé (aqui
me assumo) e ficamos emocionados ao rever o imbatível guarda Serôdio. Os blogues sobre o tema nascem como cogumelos e Nuno Markl tem ajudado, e muito, esta geração
faminta por viagens no tempo. Mas recordar nem sempre é bom. Digamos, por exemplo, recordar o cesto do almoço. O verbo odiar, conjugado em situações extremas, assenta aqui que nem uma luva. Odiava tanto o meu cesto do almoço que sempre que o via dava-lhe pontapés. Mas pontapés a sério, do alto dos meus quatro anos. O cesto do almoço era igual a ver uma sopa verde com batata cozida(ou melhor, um monstro verde) e significava que não ia comer à casa dos meus avós. Aqueles almoços não eram memoráveis só por causa da comida, mas sim pela viagem. Imaginação nunca faltou ao meu avô, por isso andar de carro com ele não era rotineiro. O carro transformava-se no que nós quiséssemos. Podia ser um comboio, com o meu avô a fazer os barulhos “pouca terra”, um jipe, com ele a passar por cima de buracos, e até o elevador
era um helicóptero, um avião, o que nós quiséssemos. O cesto tricolor, de verga, significava que ia comer na escola, ao lado das auxiliares que me fiscalizavam
porque às vezes deitava a sopa no lixo quando as apanhava desprevenidas. Detestava tanto o cesto que quando o revi voltei a sentir o cheiro do refeitório e a recordar-me do termo com dois compartimentos: sopa + prato principal. Hoje parece-me mais inofensivo. Mesmo assim não o quero lá em casa.

Aquela altura do mês

Estar "naquela altura do mês" é achar que o mundo vai acabar a qualquer momento e ter a certeza de que somos o mais infeliz ser vivo à face da terra. Até uma alface tem uma vida mais interessante. "Aquela fase do mês" faz com que tenhamos uma lágrima preparada para saltar a qualquer momento. Mas o melhor de tudo é que nos podíamos consciencializar que "ah, estou a ver isto tudo muito triste porque estou naquela altura do mês". Ainda assim, depois de fazer esse raciocínio e ter vontade de matar aquelas senhoras saltitonas dos anúncios da Evax, continuo a achar que o mundo é um cocó e quero é ficar fechada no quarto a dormir. The end!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A crise explicada com bonecos

A economia cansa, é complicada e causa-me sempre uma vontade incontrolável de bocejar. Desta vez não. Com bonecos, frases simples e bons exemplos conseguimos ficar a perceber ligeiramente melhor a crise. O vídeo não é demasiado complicado nem muito simplista. É bem bom, em mau, porque ninguém sabe onde vamos parar. Esta é a crise norte-americana, mas basta mudar os valores e perceber que andamos todos a fazer o mesmo. Sendo que o todos são os srs. que mandam.

Gralhas, mas não os pássaros

Trabalho com letras, palavras e afins daquelas letras que são impressas. Um dos meus maiores inimigos são as gralhas. As minhas, as dos outros, as que não vi passar. É como acordar bem-disposto e encontrar na nossa sala, sentado mesmo ali num sofá, um monstro verde a regurgitar. Não é fixe e não se pode apagar aquela imagem.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Os Emmys

Os seres humanos adoram rituais. É uma coisa que nos assiste muito. Aliás desde que nascemos que andamos metidos em rituais, cerimónias, festas e eventos. A família é isso mesmo: uma enorme cerimónia onde cada um tem o seu papel. Antes de levantar o sobrolho, digo desde já que adoro quase todas as cerimónias, rituais e afins. Gosto até de os promover, organizar e ter à volta da mesa muito boa gente em animada conversa, que pode ir desde o estado do tempo à eterna crise. Acho que os rituais são a base da sociedade, aquela cola invisível que nos une a todos neste grande bolo que é um país, um mundo. Muitas vezes são chatos, insuportáveis, mas quando se cresce ganham outro significado. Muitos desses momentos vão ficar na memória, nem que seja fotográfica. Pois bem, se sou uma pessoa que gosta destas coisas, tenho de gostar de entregas de prémios.
Atenção! Para gostar disto tudo, também é importante de gostar minimamente das pessoas ou do tema da cerimónia, claro. Por exemplo, se fosse uma cerimónia de entrega de prémios automóveis não era a mesma coisa. Gosto muito de gravar as cerimónias dos Emmys, Óscares, etc. É divertido ver os actores bem vestidos, as piadas que dizem e as séries que ainda vão chegar a Portugal. Também confesso que para mim é o equivalente a ver um jogo de futebol. Tenho as minhas preferências e estou a torcer por eles. :)
Desta vez fiquei feliz pela Modern Family ter vencido uma porrada de prémios e do actor Peter Dinklage, da Guerra dos Tronos. Fiquei com pena do Steven Buscemi não ter recebido nada. Aqui fica o início da cerimónia.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

As férias e o descanso

foram mais ou menos assim

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pearl Jam - Alive

Porque a adolescência tem tanto de doloroso como de fantástico!

Flirtar ou não flitar, as duas versões da história

A dele:
Ela tinha um ar balzé, roupa descontraída, o cabelo solto e um ar de quem está ali a fazer tempo. Ele estava farto de estar numa caixa registadora a aturar velhinhas que roubam sacos de plástico da fruta para usar como sacos grandes e não pagarem o cêntimo. Ela pegou num bloco sanitário e dirigiu-se à caixa. Quando a viu, ele fez um sorriso enorme enquanto a olhava nos olhos. Com os olhos dizia: "Olá, como estás?". Ela retribuiu educamente com um sorriso. O bloco sanitário de limão passou na caixa, custava 1,64€. Ela pagou com dinheiro e ele percebeu que tinha ali a janela de oportunidade. Entregou-lhe o troco na mão e aproveitou para lhe tocar. Pôs uma mão por baixo da mão dela e a outra por cima, e deu uma espécie de "passou bem" com mais um sorriso. Ela ficou atrapalhada e saiu. Acabou a história.

A dela:
Estava farta de andar às voltas e ainda tinha 15 minutos para queimar. Resolve entrar num supermercado e lembra-se que lhe falta bloco sanitário, aquelas coisinhas para pôr na sanita e dar bom cheiro a cada descarga. Só encontra o de limão, não fica satisfeita. Resolve comprar na mesma. Chega à caixa e espera pela sua vez enquanto olha para o relógio a ver se já está na hora. Cumprimenta o senhor na caixa e fica surpreendida com a excessiva simpatia. Pensa: "Hã? Estás-me a fazer olhinhos enquanto compro um bloco sanitário? Não pode ser..." Apercebe-se que ele continua a olhá-la nos olhos. Chega a altura de pagar e opta pelo dinheiro, já que 1,64€ por multibanco é estranho. Quando ele lhe devolve o troco fá-lo de forma demasiado carinhosa. Ela franze a sobrancelha e fica atrapalhada quando por meio segundo ele lhe agarra a mão, com a desculpa de não deixar cair o troco e diz: "Boa tarde e obrigado". Deu-lhe uma espécie de "passou bem" e aí é que a coisa fica estranha. Despacha-se para sair dali e retribui com um sorriso envergonhado e pensa: "Aconteceu mesmo ou foi da minha cabeça?". Fim e sai a rir.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Férias

As minhas férias só começam na próxima semana, mas estou com tanta vontade de partir que tenho a mala feita desde domingo passado... Nunca arrumei uma mala com tanta antecedência. Oh! Férias, cheguem depressa.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cinema! Cinema!

A minha contribuição do dia é bom cinema a estrear nos próximos meses. Estes filmes valem mesmo a pena. São todos completamente diferentes. Temos Brad Pitt, Roman Polanski, Matt Damon ou Steven Soderbergh. Há dramas familiares, revoluções e epidemias. Ainda há mais coisas boas quase a chegar. Aqui fica uma espécie de entrada.

P.S. - Neste momento estou com um problema qualquer e não consigo responder a comentários. A ver se dou conta do recado.

The Descendants

Ai tão bom.

The Ides of March

ou a política segundo George Clooney.

Medo, muito medo. Contagion de Soderbegrh

O realizador avisa: "Depois de "Psycho" podemos deixar de tomar banho no chuveiro ou a seguir a ver "Tubarão" também é possível evitar os oceanos. Agora, se queremos ter uma vida normal não podemos evitar os germes".

Carnage de Roman Polanski

ou como quatro pessoas chegam para fazer um filme.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rien, de rien

Não tenho escrito nem uma linha porque acho sinceramente que não tenho nada para dizer ao mundo. Atravesso uma fase com demasiadas interrogações e cansaço mental para fazer contribuições. Gostava de escrever aqui observações pertinentes com o seu quê de divertido e quiça de inteligente. Pode ser que forçando a coisa, sai-a alguma história interessante. Vamos isso.
A verdade é que depois destas apoquentações todas, dei por mim num sábado à noite a ver as novelas da TVI (por razões familiares) e a perceber que aquela gente sofre muito. São uns dramas que nunca mais acabam e a Alexandra Lencastre sofre muito, coitada. Tinha sido açoitada pelo "povo" (essa entidade mitológica) e tentava recuperar. Afinal há vidas mais duras.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Os trabalhos de casa

Sempre admirei aqueles meninos que chegavam a casa e a primeira coisa que faziam era acabar os trabalhos de casa para depois aproveitarem o fim-de-semana. Eu era daquelas meninas que queria adiar indefinidamente os trabalhos de casa na esperança que eles se fizessem sozinhos. Domingo ao final do dia lá estava eu de neura porque era eu que os tinha de fazer.
O caso não foi tão grave porque a minha mãe impunha alguma ordem na minha desorganização. De qualquer forma não resultou assim tão bem. Continuo a querer adiar o trabalho indefinidamente, na esperança que ele trate da sua própria saúde e me deixe ir lá fora brincar com as outras crianças. Claro está, isto nunca resulta. Aliás, resulta sempre numa camada de nervos, tiques, chatices e a eterna pergunta a mim mesma: "Por que é que não despachaste as coisas mais cedo?". Porque acho que tenho sempre outras coisas mais giras para fazer.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Toneladas de roupa

Ontem decidi arrumar o roupeiro. Era uma tarefa adiada há muito, muito tempo. Essa arrumação implicou também a arrumação das gavetas. A dada altura tive um acesso de fúria e resolvi tirar tudo das gavetas. Tudo! Ficou uma pilha de roupa ao meu lado. Olhei para aquilo e fiquei ainda mais desesperada. Só tinha vontade de deitar TUDO fora. Pronto. Começava de novo. Não tinha de lidar com peças de roupa já com vários anos que estão perdidas no fundo da gaveta mas que ainda assim me fazem pensar: "Isto um dia vai dar jeito". Não vai. Eu sei disso, mas não me consigo controlar.
Gostava que a roupa fosse descartável. Usávamos durante uns tempos, depois dávamos a outra pessoa. A roupa ia para uma espécie de armazém mundial que funcionaria como uma cadeia de roupa. Parvoíce de segunda-feira? Talvez.
O certo é que acumulamos tanta, mas tanta coisa. Uma estupidez. No fim de contas, arrumei tudo e enchi dois sacos com roupa para dar. Balanço positivo.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Há muitas pessoas como esta rola

Na vida há coisas tão chatas como por exemplo este vídeo que tentei sacar e não consigo, por isso vai assim em link http://sorisomail.com/partilha/182323.html e aqui
Esta é a pior rola de sempre.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

"O medo a mim não me assiste"



Não conheço o Guedes, nunca o vi, espero que esteja bem de saúde. Só lhe venho agradecer pelas gargalhadas que já proporcionou aos portugueses. Aqui fica a frase da semana: "Puto, o medo é uma cena que a mim não me assiste". No mínimo um uso bastante original da língua portuguesa. Quase tão bom como o acordo ortográfico.
E para terminar: um vídeo viral por dia, não sabe o bem que lhe fazia.

Super Bock Super Rock sem pó era bem melhor

Analisar o tipo de pó que pairava no ar, que entrava pelas narinas directamente para o pulmão numa espécie de pré-ataque de asma, não vale a pena. Pela descrição percebe-se logo que é mau, desagradável no mínimo. Passado um bocado já estávamos habituados e esquecemos que caminhar na areia é chato. Só há uma coisa ainda pior, um mau concerto. Estava bastante entusiasmada para ver The Strokes. Gosto da música e achei que era um belo concerto do rock. Pois... Nem por isso. O senhor parecia que estava ali como podia estar numa esplanada. Com o ar snob de estrela rock que é tão boa, mas tão boa, que nem tem de se esforçar muito para mentir ao público quando diz: "vocês são o melhor público do mundo". Julian, mentiste mal. Não teve energia suficiente. Só a espanhola alcoolizada que me pisou 5 vezes e depois se queixou porque lhe dei um encontrão/cotovelada ao estilo: "Estou aqui, existo e o meu pé não é areia"m é que amou. Ainda bem para ela.
O senhor da noite foi Slash. Ele é o rock, o deus do palco. Deu um espectáculo incrível. Viajamos no tempo com ele ao som de "Sweet child of mine" e mesmo sem dizer uma palavra o público estava com ele. Obrigada senhor.

sábado, 16 de julho de 2011

Hoje é dia de

Strokes.

"Ooooooooh Ooooh Ooooh
Some people think they're always right
Others are quiet and uptight
Others they seem so very nice, nice, nice, nice, nice, nice...(oh-ho)
Inside they might feel sad and wrong (oh no)

Twenty-nine different attributes
Only seven that you like (uh oh)
Twenty ways to see the world (oh-ho)
Twenty ways to start a fight (oh-ho)

Oh don't, don't, don't get up
Sh-sh-sh-sh-I can't see the sunshine
I'll be waiting for you, baby
Cause I'm through
Sit me down
Shut me up
I'll calm down
And I'll get along with you
ooooooo-ooooooo-oooooh

Oh, men don't notice what they got
Oh, women think of that a lot...
A thousand ways to please your man (oh-ho)
Not even one requires a plan (I know)

And countless odd religions, too
It doesn't matter which you choose (oh no)
One stubborn way to turn your back (oh-ho)
This I've tried and now refuse (oh-ho)

Oh don't, don't, don't get up
Sh-sh-sh-sh-I can't see the sunshine
Oh, I'll be waiting for you, baby
Cause I'm through
Sit me down
Shut me up
I'll calm down
And I'll get along with you
Alright

Shut me up
Shut me up
And I'll get along with you"

Bully

Não há nenhum recreio com o típico grupinho de rufias mauzões ou de meninas arrogantes que bata o mundo do trabalho. As negociações de bastidores, os burburinhos de corredor e a insensibilidade dos números são de uma crueldade implacável. Não há nada que nos prepare para isso.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Gravatas valem 2º

À primeira vista a medida parecia-me estúpida e populista. Achei logo, do cimo das minhas sandálias de 7 cm, que o CDS-PP estava armado aos cucos a dar uma de "Ah! Estamos perto do povo e tal". Mesmo assim resolvi pesquisar antes de proferir mais impropérios. Pois o que li tem muita lógica. A Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, resolveu libertar os funcionários da gravata para poupar energia. Parece que há estudos a mostrar que não usar gravata permite descer em 2º C a temperatura do ar condicionado. Os japoneses já testaram isto em 2005 com a campanha “Cool Biz” e no fim de contas pouparam energia. Seria o equivalente às senhoras serem obrigadas a andar todo o dia com um lenço (fininho, é certo) ao pescoço. Não há necessidade.

A Árvore da Vida

Com menos 45 minutos o filme de Terrence Mallick era ainda melhor. Mas "A Árvore da Vida" é uma experiência de cinema completa. Não é uma história normal e o fio condutor é meio estranho. Mesmo assim, quando um filme consegue enfiar o Big Bang no meio da trama é de louvar. Há muitas formas de olhar para "A Árvore da Vida". Acho até que as interpretações do filme vão contar mais da pessoa que o viu do que de quem fez o filme. Há quem possa ver uma reprodução da história da humanidade segundo o olhar de Deus. Aliás, é o caminho mais fácil. Mas existem outras formas de o ver. Para mim o milagre da vida está no acaso e na incrível força da natureza.
Do filme ficaram-me três coisas.
Como o mundo e a nossa existência são extraordinárias.
Como as regras impostas pelos pais são por vezes tão cruéis que nos marcam para sempre.
E que o esquecimento de quem morre é quase inevitável. Atenção, não é o esquecimento permanente, são as falhas de memória. Pensar que quanto mais tempo passa, mais facilmente nos esquecemos da voz, do andar e do olhar de quem já partiu há quase duas décadas. O mais duro é perceber que esse esquecimento é natural e que faz parte da nossa existência. Não há forma de o contrariar.

Conan, oh Conan

Devo confessar aqui o meu amor (ao estilo adolescente parva) por Conan O'Brien. Não há forma de o esconder. Os seus quase dois metros que culminam num cabelo vermelho fogo e a tez quase transparente são atributos irresistíveis. Mas o melhor de tudo é a sua postura. A piada mais sem graça torna-se hilariante na boca de Conan. Se alguma vez o visse ao vivo, não seria capaz de proferir uma palavra. Ele prova como é possível dizer tudo com humor inteligente ou com um humor simplesmente parvo. E ser parvo é tão bom. Encontrei este anúncio feito pelo mestre do humor e ri-me muito. O melhor de tudo é o making off. Oh! Conan ainda bem que voltaste à TV. O meu muito obrigada por momentos divertidos.



sexta-feira, 8 de julho de 2011

Praia Mar em livro

Este livro é lindo de morrer. Doce, divertido e põe qualquer pessoa bem-disposta. O autor é Bernardo Carvalho e a editora é a simpática Planeta Tangerina. Quero muito e vou tratar disso. Saber mais aqui


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Estacionamento

Cenário idílico como o prémio merecido. Praia, sol e pouca gente. Tinha ultrapassado muitos obstáculos, como os quilómetros de asfalto, trânsito e mais trânsito, despejar malas, até que voilà. Estava pronta para estacionar o carro e correr para a areia, espetar o guarda-sol e mergulhar na água gelada como se não houvesse amanhã. Só que apanhei pela frente uma autocaravana a 10km/h. Não o ultrapassei, aguentei estoicamente aquele atraso de vida e finalmente viramos para o parque de estacionamento.
Está pouca gente na praia e lugares não faltam. Logo a seguir à entrada há um buraco. A autocaravana pára. Deduzo que vai estacionar e espero. Depois o senhor avança e volta a parar. Avança mais um milímetro e pára outra vez. Aquela situação arrasta-se por um minuto e o senhor avançou tanto que há espaço para eu estacionar. Fico convencida que ele mudou de ideias, já que não faz pisca para parquear e, entusiasmada, estaciono o carro. Feliz da vida e a cantar uma linda música da M80, saiu disparada, agarro no meu saco, cadeira e guarda-sol quando percebo que a autocaravana continua parada.
De repente, abrem a porta e uma mulher grita: "Não viu que o meu marido ia estacionar. Não tem vergonha." Cara de espanto nº1 e respondo: "Não percebi. Não fez pisca e achei que ia estacionar noutro lado". A mulher nem me deixa terminar e fecha a porta. Já um bocado enervada, percebo que a autocaravana começa a fazer marcha atrás. Cara de espanto nº2. O condutor abre o vidro e profere uma declaração surreal: "Queria só ver a sua cara. Não tem vergonha. Eu também sou de Lisboa [Não sou] mas não faço isto." Inicia-se uma explicação, mais uma vez, que não roubei o lugar, que ele não fez pisca, mas eles continuam muito irritados.
Caguei para a alma deles e como há tantos lugares pergunto: "Mas quer estacionar aqui. Eu tiro o carro, o que não falta aqui são lugares". Cara de espanto nº3, agora do senhor que preferia continuar a discutir e a gritar. Entro no carro, mudo de lugar e o senhor ainda me faz sinal com a mão de "Obrigadinha". O mais espantoso nesta história é que eu estava sozinha, com o ar mais Verão possível a pedir ao Mundo: "Paz, sol e descanso", quando me cruzo com estes seres vivos alucinados e desequilibrados.
Provavelmente devia tê-los mandado à merda, mas queria tanto ir para a praia que preferi não o fazer. O melhor de tudo é que o senhor estava à espera de tudo, que lhe chamasse de parvo, lhe batesse com um pau, tudo menos o meu ar de: "OH MEU ANORMAL,QUERES O LUGAR? TOMA LÁ QUE NEM MERECES O MEU TEMPO". E pronto, o meu primeiro dia de praia começou da pior maneira, mas terminou bem.
Há um detalhe, vou aquela praia desde que nasci e tudo o que não queria era uma discussão no parque de estacionamento da praia de família. Fiquei tão enervada, mas principalmente em estado de choque. Este tipo de pessoas são tão alucinadas e devem ter vidas muito difíceis porque se indignam com tudo. Lembrei-me de uma coisa que me diziam quando era miúda: vês os outros segundo o teu exemplo. Deduzes o que os outros fazem segundo o teu pensamento e isso revela muito da personalidade de cada um.
Há um detalhe, vou aquela praia desde que nasci e tudo o que não queria era uma discussão no parque de estacionamento da praia de família. Fiquei tão enervada, mas principalmente em estado de choque. Este tipo de pessoas são tão alucinadas e devem ter vidas muito difícies porque se indignam com tudo. E lembrei-me de uma coisa que me diziam e que é muito verdade, vês os outros segundo o teu exemplo. Deduzes o que os outros fazem segundo o teu pensamento e isso revela muito da personalidade de cada um.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

É aproveitar

Estados Unidos do melhor e do pior

É uma história triste que parece inventada. Mas não é. A notícia apareceu nestes dias e mais ou menos isto. Um homem com cancro entra num banco aramado e exige que 1 dólar. Nem mais nem menos. Depois de ameaçar a bancária e de ter o dólar na sua posse, sentou-se num banco e esperou pela polícia. O homem estava desempregado, sem dinheiro para pagar as consultas médicas e sem seguro de saúde. A solução para o problema era ser preso. Na cadeia tinha direito a médicos e a comida. A maior ironia do mundo moderno e um exemplo do péssimo sistema de saúde dos Estados Unidos. Palavras do advogado:"When you look at what he did, he was doing it to get health care for himself," the lawyer said. "But obviously what he did touched a nerve in the country about health care. A lot of people like Verone are hurting."


Para ler aqui

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Carta aberta ao Mundo

Bom dia Mundo,
Tudo bem? Espero que te encontres bem de saúde e que os teus também estejam bem. Tenho andado um pouco ausente derivado à acumulação de tarefas, ao cansaço mental, o pouco descanso e o pouquíssimo espaço mental que me resta depois disto. Ando mal-humorada, a dar ares de drama queen e com a sensação de que o mundo vai acabar a qualquer momento. Sabes alguma coisa em relação a este facto? Se sim, avisa.
Gostava de andar mais descansadinha. Escrevo-te hoje como forma de persuasão ao estilo intervenção. Vesti o blazer e estou pronta para pegar o mundo pelos colarinhos e dizer-lhe: "Então pá! Deixa-te de coisas que estou farta de andar chateada". E pronto é isto. Não tenho muito mais a adiantar ao mundo.
Obrigadinhas
Prometo voltar
roger and out

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Life in a Day Trailer

Será o melhor filme do ano? Pelo menos é o mais real. Ridley Scott produz, Kevin Macdonald é o realizador. Quem filmou? O mundo. Tão simples e deve ser igualmente bom.

Bom fim-de-semana

domingo, 29 de maio de 2011

sábado, 28 de maio de 2011

Costa Rica

Melros e jornais

Gosto da rotina de ler os jornais de manhã ainda assim meio a dormir. Gosto de beber café enquanto começo a despertar para o mundo e descobrir o que se passa. Gosto do cheiro do café e do cheiro dos jornais. Era preferível ter um mordomo, como a Rainha Isabel II, a passar os jornais a ferro para não ficar com os dedos sujos, mas adiante. Até se tolera bem a sujidade nos dedos. Numa dessas incursões descobri uma notícia que me deixou estupefacta.
Então não é que agora é permitida a caça ao melro. Sim, o melro. Aquele pássaro engraçado, de bico amarelo que saltita e alegra as cidades. É quase tão bizarro como caçar pardais ou andorinhas.
Ninguém achou piada a isto. É quase um momento histórico: ambientalistas e caçadores de acordo. "Abrir caça ao melro não faz sentido, nem do ponto de vista da caça, nem do ponto de vista gastronómico. Nenhum caçador se sentirá bem ao abater este ‘pássaro de jardim’", defende Helder Ramos, da Federação Portuguesa de Caçadores ao Sol.
Só uma pergunta: porquê?

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O mistério da língua

A malta da arte às vezes é tramada, são capazes de utilizar o português de uma forma que é incompreensível para os outros. O pensamento deve ser: "ora bem, como é que hei-de explicar isto de forma a que ninguém entenda muito bem e pense que somos altamente inteligentes e uns intelectuais a sério". Numa apresentação de um espectáculo de dança contemporânea li isto: "As figurações em cena traduzem modos de estar progressivamente incompatíveis e precários na sua enunciação. Como se a definição das figurações implicasse forçosamente a incorporação do próprio contexto que a torna possível." WTF? Give me a break. Escrever bem e de forma clara não é difícil.

A campanha e as suas idiossincrasias

Muito boa gente não faz a mais pequena ideia em que vai votar. Sabe melhor em quem não vai votar. Estamos sem grandes opções e confesso que o voto branco nunca me pareceu tão apelativo. Deixo aqui um artigo de opinião da jornalista Ana Sá Lopes publicado no jornal i que traz um pouco mais de luz sobre este assunto. Ou então ajuda a perceber que vai continuar breu como a noite.

"Não se preocupem, é a realidade que se enganapor Ana Sá Lopes, Publicado em 25 de Maio de 2011

O contraste entre arquétipos, com o Sócrates furioso, solitário e gastador, é provavelmente a melhor promessa eleitoral do PSD

Reduzindo a coisa à expressão mais simples, ficámos a saber ontem que os avós de Pedro Passos Coelho eram agricultores (declarações durante uma acção de campanha) e que o eventual futuro primeiro-ministro não gasta dinheiro em vestuário, embora a sua mulher já não faça o que a sua mãe fazia - costurar em casa toda a roupa, incluindo lençóis (entrevista a Judite Sousa, na TVI). Já tínhamos a preciosidade do vídeo da Páscoa, de mão dada com a mulher, e a casa da Manta Rota do Verão passado (associado ao grito telúrico de Mendes Bota na festa estival do PSD, incensando o líder por viver em Massamá, um subúrbio de Lisboa).

É muito interessante toda esta radiografia que mete avós, subúrbios, mãos dadas de legítimas esposas, casas de praia e agora costura. Pedro Passos Coelho ensaiará até dia 5, e provavelmente com sucesso, a comédia do homem normal, que, reconheçamos, cumpre exemplarmente. O contraste entre arquétipos - o Sócrates furioso, solitário e gastador (em fatos e em férias em hotéis de cinco estrelas, fora o resto) - é provavelmente a melhor promessa eleitoral do PSD.

Estamos nisto. Sabíamos que a campanha eleitoral nunca teria interesse nenhum, devido ao facto de o programa de governo (imposto pela troika) ter sido aprovado antes das eleições pela futura maioria parlamentar - PS, PSD e CDS. Quanto a quem ocupa a cadeira de "representante da República" em versão nacional, as sondagens de ontem voltaram a baralhar, repetindo as ameaças de empate técnico entre socialistas e sociais-democratas.

Mas o "empate técnico" que as sondagens ainda revelam vai contra toda a ordem natural das coisas - digamos que muito bom consegue ser Sócrates para continuar a segurar, nas sondagens, resultados assim.

O que é verdadeiramente espantoso nos números que têm sido avançados por todas as sondagens de há muito tempo para cá é a total irrelevância da esquerda à esquerda do PS. A confirmarem-se os números, o Bloco de Esquerda está em desagregação, enquanto o PCP mantém o seu reduto militante, mas não mais do que isso. Aparentemente, os antigos eleitores do PS provenientes do centro já se passaram para o PSD, estando os socialistas a serem "compensados" com a fuga de antigos eleitores bloquistas em nome de um qualquer voto útil. Mas não será só isso: a campanha presidencial de Manuel Alegre foi um dos maiores erros do Bloco de Esquerda - embora inicialmente tudo estivesse preparado para "dar certo". Manuel Alegre chegou a ameaçar mais do que três vezes abandonar o PS e constituir um partido político à parte e, evidentemente, esse partido de esquerda alegre, aliado ao Bloco de Esquerda, poderia transformar-se num sucesso eleitoral e numa eventual alternativa à esquerda.

Nada resultou: Alegre manteve-se no PS e ao lado de Sócrates - vai participar no fim de festa, num comício um dia destes - e o Bloco perdeu o rumo. Se nem a crise, o desemprego, os cortes sociais "salvam" a esquerda, o que o fará?"

para ler aqui

Porque é que todas as mulheres solteiras têm gato?

Muito divertido. Vale a pena ver até ao fim. Para fãs de gatos e não só.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

É importante dar um bom pontapé de saída quando a semana arranca

Nuyorican Soul - It's Alright, I Feel It! Feat Jocelyn Brown - Nuyorican...

domingo, 22 de maio de 2011

Que sono...

"Então não é tão bom dormir com uma vaca ao lado?" Esta frase foi retirada do "Peso Pesado" português e não da "Quinta das Celebridades". Júlia conversa e conversa com os concorrentes. Pergunto-me como é possível tanta conversa fiada e tão pouco peso perdido. 700gr? Perder dois quilos e ser o peso pesado? Bolas! Que grande chatice.

O livro das caras

Tenho facebook, utilizo-o quase todos os dias (excepto fins-de-semana) e gosto de conversar com amigos, rever colegas e receber updates de sites de informação, lojas e afins. Não tenho nada contra redes sociais, nem penso que o facebook destrua as relações sociais. Mas às vezes interrogo-me se não há por aí muita gente que vive em função do facebook. Que vai à esplanada para escrever que foi. Que tira mais fotos só para mostrar no facebook. Que vai de férias e não consegue desligar do facebook e tem de mostrar o que viu e fez no exacto momento em que as coisas estão a acontecer. Pergunto-me sempre: "por que raio é que não te estás a divertir em vez de escreveres essas coisas no facebook?". Melhor ainda são os anúncios: "vou fazer uma coisa incrível e já volto". O objectivo é a pura partilha ou é o: "toma lá, roam-se de inveja". Posso estar a ver segundas ou quintas intenções em mensagens simples mas fico sempre com essa sensação. É o género: "ai vou ter uma manhã tão ocupada. Tenho de ir às compras, levantar o passaporte para ir para um país exótico e depois tenho uma massagem. Amigos, eu sei que vocês precisam imenso de saber isto e não é para fazer inveja a ninguém". Hummm. Pois. Se calhar eu é que sou a pessoa horrível. Mas enfim. Agora tenho de desligar e ir jogar à bola com as minhas gatas. (Tradução: papel em forma de bola que se atira, elas apanham e devolvem) Não é o equivalente a uma viagem mas é o melhor que se arranja.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Dúvida pertinente

Por que razão os intelectuais gostam de ficar a ver os créditos finais no cinema? Não saberão que existe um site chamado imdb onde está toda a informação? Ou talvez acreditem que vão descobrir lá no meio o primo afastado daquele cineasta iraniano que não aparece em lado nenhum?

terça-feira, 17 de maio de 2011

Aloe Blacc

Gosto disto! Não é preciso explicar. Só ouvir.


quinta-feira, 12 de maio de 2011

Tenho dito

Constipação e calor são a pior junção de sempre. Tenho dito.

Festival do quê?

Gostava de escrever um comentário irónico, mordaz e divertido sobre a palhaçada que foi e é o Festival da Canção. Mas confesso que os níveis de piroseira são tão elevados que me bloqueiam os neurónios. As sinapses, aqueles pontos onde as extremidades dos neurónios se encontram e enviam estímulos aos vizinhos neurónios, não se realizam de todo. Ficam em estado de transe de tão mau que aquilo é. É bera, bera, bera. Quer em Portugal, onde ainda se canta sobre os descobrimentos e como nós fomos um país grande e tal, quer na Europa, onde o que vale é cantar numa pop manhosa, com luzes e vestidos horrorosos. Os Homens da Luta foram à Alemanha representar Portugal e foi uma alegria. Uma alegria cá e lá. Desafinaram, é certo, mas alegraram todos. Ninguém ficou indiferente. A mensagem não era substancial, é verdade, mas nenhum dos outros tinha sequer mensagem. Valem por ter posto o pessoal a debater e por ter dado entrevistas ao mundo inteiro a falar de Portugal. Pelo menos ficaram a achar que tínhamos sentido de humor. E depois da Ucrânia ter ficado em segundo lugar no Festival em 2007 com isto (ia jurar que tinham vencido, mas não), tudo é possível.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O legado de Bob Marley

As rastas passaram a ser uma coisa muito cool, o reggae apareceu no mapa e querer paz no mundo ganhou uma nova música. Bob Marley faz parte da minha adolescência, de uma fase em que um estranho cheiro a incenso pairava em algumas conversas, o mundo era nosso e a arrogância andava por ali em doses q.b.. Achávamos que íamos mudar o mundo e que todos os sonhos estavam mesmo à mão. "Emancipate yourselves from mental slavery; None but ourselves can free our minds" ou "Get up, stand up: stand up for your rights!, Get up, stand up: don't give up the fight!" bem podiam servir de hinos. Pelo meio também se dançava ao som de "One love, one heart, Let's get together and feel all right". A música deste jamaicano ficou na história, aliás, mudou a história da música. Quer se goste ou não, é impossível negar o impacto que ele teve. Faz hoje 30 anos que Robert Nesta Marley morreu. Num jogo de futebol, pisaram-lhe o dedo grande. Ao analisarem a ferida, os médicos detectam-lhe uma forma de melanoma maligno. Disseram-lhe que o melhor era amputar o dedo. Bob Marley recusou e o cancro espalhou-se. Tinha apenas 36 anos quando morreu. Deixou-nos 11 álbuns, 11 filhos e um legado musical.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ordem, ordem por favor

Odeio dias desaustinados, em que perco o controle e vai tudo por ali a fora. Não há ordem nem disciplina. É uma confusão de tarefas em cima de tarefas. RRRRRrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Há imagens que valem muito mais que mil palavras


















A fotografia de Cristóbal Manuel venceu o prémio espanhol "Premio Ortega y Gasset de Periodismo". A imagem foi tirada dias depois do terramoto no Haiti. Um homem sem roupa caminha nas ruas da baixa de Puerto Príncipe. É horrível como a tragédia pode ser tão poética.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Arcade Fire - Modern Man

Morreu o Darth Vader do séc. XXI

A seguir a Hitler, Bin Laden aterrorizou a humanidade pelo que fez, pelo que mandou fazer e pelo que inspirou. Preferia tê-lo visto num banco dos réus do que assassinado e atirado ao mar. Mas o Darth Vader ao pé dele até parecia bonzinho.

sábado, 30 de abril de 2011

Bom fim-de-semana


Tarte de morango e boa companhia. É preciso mais?

Insólito numérico português



Traduzido por miúdos: Vice-Presidente do PSD, Diogo Leite Campos, dá lição de economia e finanças pessoais ao país. Explica-nos a nós portugueses, cujo salário médio líquido é de 1000 euros e que cerca de 60% da nossa população ganha menos de 700 euros, que 5800 euros por mês é classe média-baixa. Ah! E que mil euros por mês é uma miséria. "Será que se pode dizer que 5800 euros por mês para casa, comida, roupa lavada, doença e tudo, é muito? 5800 euros por mês em qualquer país europeu é classe média baixa." E remata "1000 euros por mês não é classe média, é miséria". Afinal o país está ainda pior ou então este sr. vive num país diferente. Será que isto quer dizer que se o PSD ganhar as eleições aumenta os salários? Não me parece. É só mais um insólito político.

Insólitos da globalização

Idosa nº1 leva idosa nº2 pelo braço. Movem-se vagarosamente com aquele ar de quem não sabe ao certo o que está a fazer. Falam da vida, dos netos e afins. Uma tem cabelo branco outra não. Têm sapatos rasos tipo mocassins, saia abaixo do joelho e várias camadas de roupa no tronco. Trazem uma malinha à tiracolo não muito grande. Tem tamanho suficiente para levar a carteira e um terço. O cenário não é o mais idílico. Estão num centro comercial na zona de restauração. Estamos na hora de almoço e a idosa nº1 diz à idosa nº2: "Vamos ali ao McDonalds comer uma salada?". Idosa nº2 responde: "Sim". Não era a conversa que eu imaginava.

sábado, 23 de abril de 2011

À distância de um clique

É só para dizer que compras de supermercado feitas através dessa maravilha que é a Internet são uma das melhores invenções de sempre. Mesmo correndo o risco de encomendar dez bananas e aparecerem 10 quilos (história verídica derivada da confusão entre unidade (uma) e unidade (caixa de 10)) vale a pena. Não ter de enfrentar filas, birras e famílias em peso a discutir se o detergente líquido Sun é melhor que o Skip é uma bênção. Aquela bela expressão jornalística é bem utilizada neste caso: "o mundo à distância de um clique".

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Happy easter


Podia começar um livro para crianças com o título: "As incríveis aventuras de uns All-Star no fantástico mundo colorido das fotos hipstamatic".

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Indignação política nº2

Quem se habitua a ser uma estrela dos media nunca quer deixar de o ser. Querem sempre ser sempre tidos em conta e ouvidos. Pois bem, o sr. Otelo Saraiva de Carvalho está a passar por uma fase dessas. Não quer cair no esquecimento numa altura em que as comemorações do 25 de Abril nem vão passar pelo parlamento. Faz lembrar aquelas actrizes de Hollywood que para chamar a atenção embebedam-se, andam com pouca roupa e inventam todo o tipo de escândalos. No caso dele é vê-lo a pronunciar frases polémicas do estilo bombástico. Aqui ficam dois exemplos catitas espalhados na imprensa. Não vale a pena acrescentar mais nada.

“Não teria feito o 25 de Abril se pensasse que íamos cair na situação em que estamos actualmente."

"Precisávamos de um homem com a inteligência do Salazar”‎

As pontes


A Troika veio arrumar-nos a casa e puxar-nos as orelhas. Vem nos dizer que somos uns mal comportados, que vivemos acima das nossas possibilidades, que damos privilégios a quem não merece e que compramos casas quando devíamos alugá-las. Os portugueses prestaram atenção às recomendações, só que depois... meteu-se a Páscoa e o 25 de Abril. A ideia é: "a gente depois continua a conversa, tá bem?".
Já estou a imaginar o ambiente na quinta-feira à tarde.
"O que aconteceu aos trabalhadores do ministério?", pergunta a troika.
"Ah, já não está cá ninguém", responde um funcionário visivelmente irritado.
"Porquê?", questionam os srs.
"Então, é véspera de um feriado, ainda por cima mete-se o fim-de-semana e segunda-feira é o 25 de Abril. De modo que só é possível fazer alguma coisa na próxima semana."
Óptima justificação não fosse esta brincadeira dar uma péssima imagem do país e custar qualquer coisa como 20 milhões de euros ao Estado. Tolerâncias de ponto nesta altura não são a ideia mais brilhante. Podemos continuar a fazê-las mas tentar dar uma imagem de austeridade e seriedade numa altura destas não era mal pensado. A sorte é não estar sol. Se estivesse, os senhores iam ligar as televisões e ver meio país na praia e perceber que o nosso verdadeiro talento é para o turismo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

A espera

Navegar no limbo da incerteza, do que poderá ou não acontecer, é angustiante e divertido. Podemos imaginar todo o tipo de cenários, dos piores aos melhores. Planeamos a nossa reacção mas a realidade surpreende-nos quase sempre. É impossível saber o que a outra pessoa está a pensar ou planear. Cada um de nós imagina sempre os outros à sua imagem. O que nem sempre é verdade. Defendemo-nos dos ataques previsíveis e, de repente, vindo sabe se lá de onde, pimba. Levamos uma bolada na cabeça. A minha técnica, a única que utilizo, é preparar-me sempre para o pior. Manter-me confiante, segura, mas imaginar que... a melhor hipótese não se vai realizar. O mundo é feito de surpresas e já me deparei com muitas, muitas mesmo. A ver vamos se é mais uma para o currículo.

Good morning with Angus and Julia Stone on a big jet plane

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Desarrumações mentais

Sou a pior pessoa do mundo a encontrar coisas. Duvido que exista outro ser humano com tanta dificuldade a procurar e a encontrar objectos. Desafio qualquer um a ser tão desorientado em termos de arrumação como eu. No entanto, esta é uma patologia geográfica, ou seja, só acontece em casa. A procurar informação, desenterrar artigos, livros e outros instrumentos de trabalho, safo-me muito bem, obrigada. Em casa, procurar óculos, guardanapos ou aquela camisola preta que preciso mesmo, sou a pior. Perco a paciência e desisto. Acredito piamente que existe um buraco negro escondido algures que me engole as coisas (além das meias) e só volta a aparecer quando são as outras pessoas a procurar. Depois é ver o resto da humanidade a gozar: "Não havia papel higiénico? Ah, ah. No sítio do costume estão lá seis rolos". A minha resposta é sempre a mesma: “Mas eu procurei”.
Não é culpa da minha miopia, apesar de ser um humano que não pode andar/existir sem a ajuda preciosa da ciência. Acho que não tenho jeito ponto. Sou muito espavorida. Parece que ando sempre apressada e se no primeiro milésimo de segundo não vislumbro a solução, acabou-se. Não é uma patologia grave. Tem cura, a longo prazo. Entretanto divirto quem partilha comigo o tecto. Pelo menos isso.

Os ingleses são óptimos no teatro. Seinfeld sabe o porquê. São muitos anos de monarquia


Teoria Seinfeld para ouvir.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Esse idioma lindo chamado brasileiro

Que o filme "A Música no Coração", original "The Sound of Music", resultou em "Noviça Rebelde", no Brasil, não é novidade. Mas esta pérola estava escondida. A série catita "Beverly Hills" é "Barrados no Baile". Não é incrível como não há relação nenhuma entre o título e a séria? Bravo!

Verão aos molhos até 2ª


É aproveitar minha gente, é aproveitar. O calor dura dois dias. Segunda-feira aquela coisa horrível de água a cair do céu regressa. Amanhã vou para a praia e cumprir a minha parte de agradar aos deuses do clima. E vós?

A troika da política

Numa semana em que a política enche-nos os ouvidos e ficamos a acreditar que o fim pode estar perto (ou então o D. Sebastião aparece no barco das 17h15 e vai ali ao Terreiro do Paço resolver as cenas com a Troika), a personalidade da semana foi o Sr. Fernando Nobre. Um homem com provas dadas e com uma quota de boas acções acima da média. Plantar árvores, ter filhos e escrever um livro são peanuts para ele. Pois bem, o sr. tão bem posto mete-se na trapalhada da política e o resultado não é bom. Os políticos avaliam-se pelas acções, mas antes de as poderem tomar, avaliam-se pelas palavras. De manipuladores todos têm um pouco. Mas contradizerem-se em tão pouco tempo é muito mau. O minímo que se pede é que sejam coerentes para que as pessoas possam acreditar no que dizem. No caso de Nobre foi apanhado em flagrante. Quer ser presidente da Assembleia da República e é candidato pelo PSD depois do "não, categoricamente não" à hipótese de integrar as listas dos partidos para as legislativas. É com estas atitudes que as pessoas se desiludem da política. É triste. Aqui ficam os vídeos da semana.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Filosofia de algibeira

As coisas boas da vida são tão simples como uns ovos mexidos com farinheira e um chouriço assado no pão.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Se não é o regresso de José Castelo Branco

Foi uma semana difícil e vêm aí tempos conturbados. Para esquecer a crise, nada melhor do que as maluquices, excentricidades bizarras de José Castelo Branco. Ele brinca a humanidade com esta pérola. Um treino para o novo programa da TVI "Perdidos na tribo". Para ouvir e rir. Aqui fica um presente de fim-de-semana.

Restaurante clandestino

Jantar num restaurante clandestino pode parecer arriscado. Se acrescentar que era um clandestino de comida chinesa vai parecer uma espécie de bungee jumping gastronómico e gástrico. Mas a cereja no topo do bolo é a localização: Martim Moniz. (Espaço para rir ou fazer cara de espanto durante meio minuto depois da apreciação do primeiro parágrafo. Regresso à leitura)
O restaurante fica num segundo andar de uma casa baixinha e tem a disposição de uma habitação normal. Entramos para salas com mesas e algumas cadeiras de restaurante chinês. Pelo caminho passamos por um empregado que lava a loiça. Não experimentei a casa de banho porque considerei um risco desnecessário.
Há menu, preços muito acessíveis e rapidez a aviar pedidos. A comida é q.b.. A galinha com camarões é bem boa, os cogumelos também. As hóstias de camarão também são boas. Agora, o arroz tem uma cor especial. Não é branco e sim acastanhado. A dar para o frito. No final, gostei da experiência. A companhia era boa, o que ajuda sempre na avaliação do restaurante, e o ambiente descontraído. Muito malta de Erasmus, jovens e tal. Caso paire a dúvida no ar quanto à reacção do organismo a tal experiencia, esclareço que sobrevivemos à falta de ASAE.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Outra interpretação do FMI e da crise

Sócrates e a gafe em directo



FMI em Portugal durante uns cinco anos. Cortes de subsídios, de ordenados, de bolsas. Vem aí o fim do mundo em cuecas. Mas para nos alegrar Sócrates fez este número irresistível. O primeiro-ministro nem consegue terminar as frases. "Oh Luís, vê lá como é que fico a olhar para os..." Depois temos uma mudança milimétrica: "Assim fica melhor ou assim". Mas o melhor é o ar de espantado no final. Obrigada Socras. Grande momento de Tv.

Ohhh... Não!

Diz que este blogue acabou e é pena. Não sei lidar com o fim das coisas que gostamos, das coisas boas de ler, comer, ver, ouvir. Blog do desassossego vai desassossegar-se para outro lado, mas espero que haja sequelas. O que tem sucesso e fãs, arranja sempre uma sequela. Estou a torcer por isso. A ver vamos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

De bom tom

Adoro pessoas que atendem o telefone e suspiram. Melhor ainda quando se trata de trabalho. Telefonamos, alguém atende e depois de explicarmos do que se trata, ouvimos um: "Hummmmm". Tipo: "ora bolas, estava aqui no facebook e vieram chatear-me". Caraças, é preciso ter lata. Muita lata. Dá-me vontade de insultar a malta que faz isto. E era horário de expediente.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sol


Adoro quando os dias ficam mais compridos. São 19h30 e ainda há sol. Podemos acreditar que é possível sair do trabalho e ainda temos tempo para nos divertirmos. Qui ça ir à praia, passear no campo ou beber um mini numa esplanada. Mesmo que nunca aconteça, pelo menos há a esperança que funciona como motivação extra. Bring it on sun!

domingo, 3 de abril de 2011

Sabedoria Calvin & Hobbes

Toodlers & Tiaras incentiva à violência

Ver o "Toodlers & Tiaras" ronda o deprimente e o altamente irritante. Depois de aguentar uns 10 minutos, ficamos com vontade de bater, sim, de bater naqueles pais que empestam a cabeça das crianças com laca, obrigam-nas a ir para cima de um palco decorar uma coreografia ridícula, pressionam os putos e gritam com eles.
Ontem tive a coragem de ver um bocado da série, provavelmente acertei nas mães mais estranhas. Um miúdo de 4 anos, que basicamente queria brincar e não estava com paciência para aquilo, mas a mãe estava furiosa e empenhada para que aquilo resultasse. A mãe, uma sra. obesa, estava muito nervosa e gritava com ele e dizia: "não percebo o que tens". E lá se metia ela atrás do júri a fazer a coreografia tola para o puto imitar.
No final há mais ou menos 20 prémios. Do melhor do grupo etário, à melhor de celebridade e o raio. Pois bem, o catraio ganhou vários prémios, apesar de não ter dado uma para a caixa, e a mãe ainda não estava satisfeita. Argumento: "Ele não merecia ganhar o prémio de melhor personalidade. Já o de melhor roupa. Não percebo como não o ganhou". Ou seja, a personalidade do miúdo não interessa muito, agora o fato de casaco e gravata vermelho e laranja que a mãe escolheu é que devia vencer. Que bonito.
Outra miúda, com pouco mais de um ano, estava prestes a fazer birra no palco. Mas aguentou-se e mudou de roupa umas quatro vezes. A mãe queixava-se: "Ela hoje não está bem. Não mostra a personalidade". Ainda se zangou com o pai: “Se ele quer melhor, que vá lá para cima com ela”. News flahs: "Ela tem 1 ano, quer dormir, comer, brincar e não trabalhar!"
Do pouco vi, dá para perceber que aquilo é um concurso para alimentar o ego dos pais. As crianças pequenas nem percebem o que se passa. As outras tornam-se irritantes estrelinhas metidas numa competição quando ainda nem conseguem controlar o sistema urinário e muito menos o emocional. É vê-las a chorar baba e ranho porque não receberam uma das 20 medalhas, troféus e coroas de todos os tamanhos. Medo! Muito Medo!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O que são os blogues?


Os blogues servem para trocar impressões, para debater temas, para descobrir pontos de vista, revisitar um passado recente, ser estimulado ou simplesmente para entreter. Para navegar e passear a vista por imagens bonitas, retratos catitas, vidas normais como as nossas ou vidas incrivelmente mais complicadas e excêntricas. Servem para ajudar a sonhar, para construir pontes entre o hoje e o amanhã. Para exercitar a língua, a leitura. Mas servem principalmente para trocar histórias ou estórias, como preferir. Outros servem para lavar a vista e encontrar coisas fofas, bonitas que são uma lufada de ar fresco num dia monótono de tarefas. Olhamos e por momentos somos transportados para aquele estado de espírito, para aquela frase, para aquela paisagem. Vivemos por segundos através do que lemos e do que vemos. Redescobrimos em nós sentimentos e pensamentos. Inspiramo-nos nos outros ou desiludimo-nos. Há de tudo. O blogue de M loves M é bom para distrair, ver modas bonitas numa rapariguinha norte-americana que tem bom gosto. Não é para reflectir muito. Serve para clicar uma vez por dia e para ver o bom gosto numa cara catita. Nem precisas de a conhecer, saber o que pensa sobre o FMI e a guerra na Líbia. É só para ver aqui

Vai uma onda?


Há dias em que a tristeza chega como uma onda. Tentamos combatê-la, mas não resulta. Ela leva-nos e rouba-nos as forças. Leva-nos tudo. Somos trucidados e ficamos ali. Imóveis, a assistir à rebentação, à destruição de tudo. Paramos por uns segundos e nem tentamos resistir. Depois da onda passar e de arrasar o que encontrou por perto, temos de nos levantar, sacudir a água e erguer os ombros. Jurar que não volta a acontecer. Não, porque nós somos fortes, mais fortes que tudo. Dias melhores virão, se não vierem, vamos à procura deles. Quando os encontrarmos, agarramo-los pelos colarinhos, encostamo-los contra a parede e gritamos: "Por onde andaste? Quem te deu o direito de me deixares aqui? Não voltes a fazê-lo". Respiramos fundo, sorrimos, para acreditar que no sentimos, e seguimos rumo ao desconhecido. À procura do que nos faz falta, do que merecemos, do que desejamos. Exigimos para nós a nossa vida. Lutamos por ela com garras e dentes. E que ninguém nos diga o contrário.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Gosto de palavras novas

Hoje aprendi uma palavra nova: labéu. Labéu significa mancha na reputação, desdouro, mácula. Exemplos onde a podemos aplicar: "Foi a primeira divorciada, viveu com esse labéu"; "Hoje em dia os portugueses não têm esse labéu".
Parece coisa do século passado, mas tem uma sonoridade bem gira. Ouvi-a pela primeira vez ontem, ignorância minha, talvez, agora vou adoptá-la.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Ainda sobre a felicidade

Quando não encontramos as palavras, o melhor é pedir ajuda a quem sabe. Aqui fica uma entrevista do Expresso a Lídia Jorge:
"Qual é a sua ideia de felicidade? Nunca imaginei a felicidade como um pudim de ovos que alguém nos ofereça numa bandeja. Alcançar a felicidade é imaginar, sonhar, idealizar, programar, e depois, trabalhar por alcançar o que se sonhou. A felicidade acontece quando conseguimos isso."

terça-feira, 29 de março de 2011

Uma cartita simpática

"Bit of friendly advice, Portugal

Sunday March 27 2011

Dear Portugal, this is Ireland here. I know we don't know each other very well, though I hear some of our developers are down with you riding out the recession.

They could be there for a while. Anyway, I don't mean to intrude but I've been reading about you in the papers and it strikes me that I might be able to offer you a bit of advice on where you are at and what lies ahead. As the joke now goes, what's the difference between Portugal and Ireland? Five letters and six months.

Anyway, I notice now that you are under pressure to accept a bailout but your politicians are claiming to be determined not to take it. It will, they say, be over their dead bodies. In my experience that means you'll be getting a bailout soon, probably on a Sunday. First let me give you a tip on the nuances of the English language. Given that English is your second language, you may think that the words 'bailout' and 'aid' imply that you will be getting help from our European brethren to get you out of your current difficulties. English is our first language and that's what we thought bailout and aid meant. Allow me to warn you, not only will this bailout, when it is inevit-ably forced on you, not get you out of your current troubles, it will actually prolong your troubles for generations to come.

For this you will be expected to be grateful. If you want to look up the proper Portuguese for bailout, I would suggest you get your English-Portuguese dictionary and look up words like: moneylending, usury, subprime mortgage, rip-off. This will give you a more accurate translation of what will be happening you.

I see also that you are going to change your government in the next couple of months. You will forgive me that I allowed myself a little smile about that. By all means do put a fresh coat of paint over the subsidence cracks in your economy. And by all means enjoy the smell of fresh paint for a while.

We got ourselves a new Government too and it is a nice diversion for a few weeks. What you will find is that the new government will come in amidst a slight euphoria from the people. The new government will have made all kinds of promises during the election campaign about burning bondholders and whatnot and the EU will smile benignly on while all that loose talk goes on.

Then, when your government gets in, they will initially go out to Europe and throw some shapes. You might even win a few sports games against your old enemy, whoever that is, and you may attract visits from foreign dignitaries like the Pope and that. There will be a real feel-good vibe in the air as everyone takes refuge in a bit of delusion for a while.

And enjoy all that while you can, Portugal. Because reality will be waiting to intrude again when all the fun dies down. The upside of it all is that the price of a game of golf has become very competitive here. Hopefully the same happens down there and we look forward to seeing you then.

Love, Ireland.

Sunday Independent"

in Independent.it

Felicidade e estados de alma

Será a felicidade uma característica de personalidade? X é feliz e Y é triste. Será um estado de alma? Hoje estou mesmo feliz. A felicidade é melhor como antecipação de algo? "Ai, aquilo vai ser tão bom." Ou como realidade actual?
A felicidade é algo que se conquista, que dá trabalho? Ou é espontânea? Há uns que tem felicidade e outros que não? A felicidade controla-se? Depende das circunstâncias?

A definição no dicionário é:
"felicidade
(latim felicitas, -atis)
s. f.1. Concurso de circunstâncias que causam ventura.
2. Estado da pessoa feliz.
3. Sorte.
4. Ventura, dita.
5. Bom êxito.
a felicidade eterna: a bem-aventurança."

Esta definição não ajuda assim muito. O site Priberam mete-me aqui uma coisa esquisita. "Concurso de circunstâncias que causam ventura". Pois...

Encontrei outra: "Significado de Felicidade; 1. sensação de bem-estar: sensação de felicidade". Ah! Então é uma sensação.

Bem, procurei ajuda naqueles senhores importantes deste planeta. Aqui ficam e para escolher a melhor.
Aristotle: "To live happily is an inward power of the soul."
Victor Hugo: "The supreme happiness in life is the conviction that we are loved — loved for ourselves, or rather, loved in spite of ourselves."
Picasso: "Everything exists in limited quantity - especially happiness."
Charles Schulz: "Happiness is a warm puppy." - é a minha preferida, mas troco o puppy por kitty
Friedrich Nietzsche: "We should consider every day lost on which we have not danced at least once. And we should call every truth false which was not accompanied by at least one laugh."
Henry Miller: "I have no money, no resources, no hopes. I am the happiest man alive."

domingo, 27 de março de 2011

A originalidade tem destas coisas

Ainda esta semana elogiei o nome do verniz da H&M: "Blue My Mind". Trocadilho bem catita. Pois bem, encontrei outro que não lembra ao diabo: "Spending cash with Carl". WTF? Hã? Não tou a perceber! A sério! Quem é o Carl? Por que raio vou gastar dinheiro com ele? Vou levá-lo a jantar fora, é isso? Vou comprar-lhe diamantes? Vamos às compras no Freeport? Ou ele é um prostituto de classe a quem tenho de pagar favores sexuais porque tenho um verniz novo? E o que é que um verniz azul tem a ver com isso tudo? Ainda fui ao Google à procura de um significado incrível ou mesmo de um filme no imdb. Nada.
É quase o mesmo que baptizar um verniz de: "Pastéis de bacalhau com sabor a choco frito num dia de chuva com um triplo arco-íris, enquanto a minha tia-avó me chagava o juízo". Departamento criativo da H&M, digam lá, o que há por aí no vosso baú?
Se calhar o problema é meu, aceito isso. Provavelmente ninguém vai reparar nisto. Mas é muito parvo. É criativo, sim senhora. Mas é tão criativo e disparatado como a minha ideia dos pastéis. Aliás, deixo aqui outra: "Overlooking the deep blue ocean on a sunny day while Carl lies there fucking sleeping".

sexta-feira, 25 de março de 2011

Fim-de-semana

O amor em tempos de Barbie e Ken

A navegar na net encontrei este texto no blog Quadripolaridades que vale a pena ler. Bem escrito e directo ao ponto. "Amor com histórias" mistura as crises conjugais da Barbie e do Ken com a bonita e dura realidade. Juntamente com o texto aparece a cena do "Toy Story 3" quando os dois se conhecem. Eis se não quando descubro a melhor música pirosa da semana: Gary Wright com "Dream Weaver". Um slow para dançar de corpos coladinhos, cabelo cheio de laca, golas bicudas, calças de ganga à boca de sino e um olhar meloso de "ah! é agora". Só não entendo o início e o fim da música. Há um certo toque de extraterrestre. Como se a qualquer momento os aliens aterrassem em palco. Enfim, não deixa de ser bem bom para começar o treino de fim-de-semana.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Os rapazolas e as suas cadeiras

E pronto. Lá caímos aos trambolhões. Sócrates parece um autista e persiste em concorrer. Armou-se em vítima e depois do compromisso com Passos Coelho, atrás das costas de toda a gente, prometeu mundos e fundos à Sra. Merkel. Regressou e percebeu que sem maioria absoluta, não se pode armar em deus todo o poderoso. Lixou-se e lixou-nos. Medidas ainda mais duras é provavelmente o nosso futuro. O que é mais triste é que vai começar mais uma corrida às cadeiras. Promessas e mais promessas. Troca de acusações, de insultos. Como dizia ontem o António Barreto isto "parece um jogo de rapazolas, pessoas muito pouco interessadas no que estão a fazer, muito interessadas na pura disputa, competição, em ganhar. São desejos mesquinhos, não é uma ambição grande pelo país. É uma ambição puramente partidária." Vale a pena ouvir a opinião do sociólogo na Sic Notícias AQUI

P.S. - Só espero que quem andou nas ruas a manifestar-se não perca a grande oportunidade de fazer a diferença: votar, votar, votar. Como escrevia o jornalista Bruno Faria Lopes no i "Qual é então a melhor arma para pressionar mudanças? É o voto. Jovens que não votam – e bem mais de 50% não vota – bem podem pedir na rua, mas como não são clientela política contam menos para o poder."

quarta-feira, 23 de março de 2011

At least I have wonder woman in my nails



Em dias complicados, com tarefas acumuladas e cenas pendentes (a palavra cenas é muito útil. Quando não se sabe o que dizer junta-se "cena" e tudo fica mais cool) é preciso ir buscar alento sabe se lá onde. Desta vez recorri à transformação estética (hipérbole bem exagerada. É muito redundante dizê-lo?). Descobri um verniz azul na H&M que tem um nome incrível: "Blue My Mind". É um óptimo trocadilho e espero que tenha o efeito a que se propõe. Enquanto isso não acontece, sinto-me uma espécie de super-heroína nas unhas. Um cruzamento entre wonder woman e superwoman. Para que serve a moda se não para nos divertir?

P.S. - Seria muito mais chique se o verniz fosse da Chanel, é verdade. Lamento. Fica para a próxima. Verniz a 3,95 € a título de experiência científica (ou gosto ou nunca mais lhe toco) é melhor para o orçamento.

Afinal...

o Instituto da Metereologia enganou-se. A Primavera ainda anda por cá.

terça-feira, 22 de março de 2011

Primavera lusco-fusco

E pronto. Já se foi a Primavera. Chegou antes da data e foi um lusco-fusco. Deu para a alegrar a malta, os mais ousados até deram mergulhos no mar e tal. Entretanto a Primavera fez as malas e foi pregar para outra freguesia. Estas coisas das crises políticas pedem chuva e céu carregado de nuvens. Pois bem, até dia 30 é mais ou menos isso que vamos ter. Sol, só para o mês que vem. :(

Compras de bairro


Gosto de ir às compras no bairro. De escolher legumes, mexer na fruta, embalar hortaliças. Gosto de andar carregada de um lado para o outro. Gosto de entrar na peixaria e a senhora me chamar de "minha querida". Gosto de entrar na frutaria e de ser ultrapassada por idosos reformados ansiosos por chegar a casa. Até gosto de levar encontrões desta classe com má visão periférica. Os anos acumulados dão-lhes direito de passarem à frente e a olharem para trás e perguntar, aos cidadãos de segunda como eu: "Ah! Estava na fila?". Faz-se o sorriso nº 33 e responde-se: "Não faz mal". E não faz.
Gosto da vida de bairro que faz lembrar as aldeias. O vagar das pessoas que diariamente saem de casa de manhã para ir comprar comida para o almoço, lanche ou jantar. Pode ser uma cabeça de alho, uma caixa de bolachas, qualquer coisa que nem precisam para aquele dia. É claro que esta vida pertence aos que já não trabalham e que ficam meio perdidos quando descobrem que acabaram os coentros. Acabaram? Como acabaram? Lá lhes fazem sinal (dado que isto é uma cidade enorme) que no supermercado ao lado, na mercearia mais abaixo há de certeza. Nada convencidos hesitam. Ficam muito baralhados com aquela mudança inesperada no destino de uma manhã tão pacata, tão igual às outras.
Mas o melhor das compras é pensar: "Ora bem o que é que vou fazer com isto?". E pode se fazer tanta coisa. É mãos à obra e cozinhar o melhor que se consegue. Tentar fazer magia e mimar o nosso palato. Vamos a isso.

segunda-feira, 21 de março de 2011

The one and only Audrey Hepburn




"I believe in pink. I believe that laughing is the best calorie burner. I believe in kissing, kissing a lot. I believe in being strong when everything seems to be going wrong. I believe that happy girls are the prettiest girls."
Audrey Hepburn

Post ao estilo blog de moda trendy coiso

Começou a Primavera e já tirei os All Star da caixa porque posso finalmente usá-los sem correr o risco de ficar com os pés congelados. O fim-de-semana foi abençoado pelo sol. Já podemos sentir o calorzinho na pele e ficar a olhar o mar sem ter arrepios de frio. As flores explodem por todos os cantos e anda toda a gente mais bem disposta. Fiz uma visita ao Alentejo e foi o suficiente para carregar baterias. Mas voltando ao propósito inicial deste post: futilidades e afins num mini festim primaveril.








O corte de cabelo

Cortar o cabelo é um tema delicado. Pergunto-me: Quem é que não saiu desiludida de um salão pelo menos, vá, 100 vezes? A resposta: sortudos/as ou não quem arrisca. Sempre arrisquei muito no que toca ao cabelo. Como ele volta a crescer não me preocupo demasiado. Só de há uns anos a esta parte é que me acalmei mais. Já estou mais serena quanto ao que gosto e ao que não gosto. Desta vez a minha visita ao cabeleireiro era de manutenção. Achei que não corria riscos. Pois bem. Lá fui eu. Quando de repente me apercebo que o cabeleireiro que me calhou é surdo ou mudo.
No meio da confusão de dê cá o casaco, entre gestos e sons, fiquei baralhada. Sentei-me na cadeira e percebi finalmente que aquele senhor muito sorridente e bem disposto (quando lhe dei o casaco para guardar, ele fez sinal para lhe dar o outro casaco e mais o lenço. Depois piscou o olho e fez sinal para continuar a tirar roupa) era surdo.
Sentei-me, ainda sem perceber muito bem como é que aquilo ia funcionar. Como é que eu comunico com um cabeleireiro surdo? Tudo bem. Ele falava mais ou menos, lia nos lábios. Mas mesmo com os que não são surdos há graves problemas de comunicação… A história começa com as revistas de cortes. Primeira sugestão: cortar o cabelo bem curtinho. "Ah! Tá giro!", pensei. E lá disse um grande e redondo: "Não".
Decidimos o que fazer, mas eu continuava baralhada. Porque eu dizia: “franja curta”. Ele parecia dizer que sim, mas gesticulava de que ia ficar espetada. Eu dizia pois, ok. Ele continuava a argumentar que não era boa ideia. Durante uns minutos andamos naquilo. Corta, não corta. Depois da franja, estava ainda mais confusa (era domingo de manhã) ele aponta para um cabelo bem escadeado. Eu estava por tudo. "Sim, sim".
Lá fomos lavar o cabelo.
Parecia o momento mais relaxante e achava que a partir daquele momento não ia haver mais mal entendidos. Quando voltámos a confusão adensou-se. Eu não sou de conversar muito no cabeleireiro. É muito barulho de secador e muita conversa sobre o tempo. Quando me sentei na cadeira, ele começou a meter conversa. Não sei como o tema foi dar ao facto de ele achar que eu era estrábica. Coisa que não sou. Fico-me pela miopia, obrigada.
Achei aquilo ainda mais estranho porque eu não estava de óculos. Será que ele tinha reparado que eu usava lentes? Depois de gestos de óculos, de computadores, de palavras como "feio", fiquei sem perceber se eu era a estrábica ou se era ele. Mas o estrabismo é uma coisa que se identifica e ele não o era. Naquele momento eu estava por tudo. Rape-me o cabelo, faça o que quiser, quero ir dormir.
Resultado final: impingiu-me um produto para o cabelo e deu-me umas valentes tesouradas. Não sai satisfeita. Cheguei a casa e agarrei-me à tesoura para arranjar a franja. Já fiz as pazes com o novo cabelo e não tenciono cortá-lo tão cedo.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Em nome do P nas palavras

Nunca vou deixar de escrever óptimo com p! Que se lixe o acordo ortográfico. Óptimo é com p e sem ele não tem piada nenhuma. Tenho dito!

Ideias aos molhos

Gostava que me pagassem para ter ideias. Só isso. Sou boa a ter ideias, modéstia à parte. Pô-las em prática é que é mais complicado. Tal como a bonita relação entre o arquitecto e o engenheiro. O primeiro tem as ideias mais loucas e arrojadas, o segundo é que faz as contas de matemática e tem a trabalheira de as pôr em pé. Como foi o caso da pala do Pavilhão de Portugal. Siza concebeu, Segadães Tavares andou às cabeçadas até conseguir fazer com aquela coisa não caisse.
Ter ideias é viciante. Sente-se uma adrenalina enorme. É o sentimento de "Eureka!". Pô-las em prática é maravilhoso. Ideias para trabalhos, ideias para férias, para organizar coisas.
Hoje, em condições nada propícias à reflexão, enquanto sofria as agruras de ser mulher, ou seja, estava na depilação, tive uma ideia para um negócio. Em minutos concebi o nome, a decoração, os produtos. Estava noutro mundo. Agora quanto ao resto, aquele pequeno detalhe de a pôr em prática, é que é mais difícil.
Num mundo perfeito, teria um gabinete de ideias, depois contratava pessoas para as pôr em prática. Era giro, não era? Aposto que há muitas pessoas que pensam como eu. Talvez um dia.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Aventuras domésticas

Deixem-me que vos conte como é a minha empregada doméstica que faz aparições de 15 em 15 dias. A primeira vez que a vi foi através do buraquinho vidrado no meio da minha porta. A sra. estava a devorar uma fatia de bolo rei carregado de açúcar em pó. "Adoro bolo rei." Muito simpática, percebi que a descrição que me tinham feito estava correcta. À pergunta: "Como é que ela é?". Uma resposta perfeita: "Tem os dentes necessários". Explicação extra: os dois da frente e mais ou menos quatro em baixo, com buraco para os de cima.
Baixinha, meio roliça e muito prestável. Fartou-se de limpar, com direito a horas extras porque não gosta de deixar o trabalho mal feito. Ainda recebi um presente para as minhas gatas. Fiquei fã de chegar a casa e ver as coisas arrumadas sem a minha contribuição. Além de limpar, ela arruma tudo. Mesmo o que não se pede.
Nesse mesmo dia, a sra. fez questão de me ligar para fazer a explicação do trabalho. O único detalhe chato é que eram 23h38 e na manhã seguinte acordava às 5 da manhã. Outra contribuição original é que terá dito que a minha casa era difícil porque tinha pêlos de gata nas paredes. Huuummmmmm. Pêlos de gatas nas cadeiras? Check. No sofá? Check. No chão? Check. Nas paredes? Acho difícil. Mas será possível?

terça-feira, 8 de março de 2011

O melhor vídeo do Dia da Mulher

A M explica ao James Bond a importância do dia da Mulher. Grande vídeo. Grande texto. Grande Judi Dench. Grande Daniel Craig. Ouvir com atenção!
"We're equals, aren't we 007?"