terça-feira, 1 de outubro de 2013

O melhor pedido de demissão

Chama-se "An Interpretive Dance For My Boss Set To Kanye West's Gone" e é uma bela forma de dizer adeus e mandar o chefe passear

Será que já sei?

Não sei se já sei o que é ser mãe. Talvez seja viver constantemente apaixonada por um ser humano que ainda pouco nos conhece, mas que nos começa por distinguir pelo cheiro. Ficar embasbacada a olhar para ele e ter sempre receio que lhe aconteça alguma coisa e mesmo nos dias em que estamos estafadas, sem mais paciência e só nos queremos deitar na cama e desligar, damos por nós a olhar feitas parva para o telemóvel e a rever as fotografias do dia. Já perdi o número de vezes que me aconteceu isto. Talvez seja registar todos os momentos que conseguimos. Ficar com um sorriso parvo quando descobrimos que já consegue agarrar um brinquedo sozinho, quando descobre que consegue gritar ou fazer bolhinhas com a boca e quase cuspir. Que já não é um bichinho que pouco reage, mas que observa, repara e tentar fazer mais coisas do que comer. Talvez seja ficar com lágrimas nos olhos sempre que chora com dor ou porque levou uma vacina ou porque bateu com um brinquedo na cabeça. Talvez seja desejar sempre que ele queira adormecer ao nosso colo, junto a nós. E se nesses momentos faz uma birra dos diabos e só lhe conseguimos dar a volta quando o embalamos no carrinho ou na cama, ficamos com o coração pequenino porque queríamos mesmo era tê-lo ao nosso colo, aninhado. Talvez seja ficar contente quando percebemos que está a crescer e ao mesmo tempo triste porque já não é um bebezinho pequenino. Talvez seja ficar feliz por se rir para todas as pessoas e não estranhar ninguém e triste porque a loucura deste amor quer os sorrisos todos para nós. Talvez seja querer dar-lhe espaço para crescer e para eu crescer também, ser uma pessoa normal, trabalhar, mas ao mesmo tempo sofrer por imaginar que já não vou estar 24 horas por dia com ele. E claro, achar sempre que mais ninguém sabe cuidar dele como eu. Não sei ainda muito bem se sei o que é ser mãe. Sei que não sou igual, que me sinto mais rica e preenchida por dentro. Que encontro uma felicidade imensa ao olhar para ele e ao ver que ele me retribui o olhar e ri para mim. Feliz por me ver, genuinamente feliz. E eu também. Será assim tão simples?

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Sinónimos

Agora sempre que for apanhada a mentir ou a esconder algo vou alegar uma "incorrecção factual" da minha parte, como o ministro. São estas pequenas coisas que aprendemos com a política: o novo significado da língua.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Notícia do dia: ETs na Terra

Não é brincadeira nenhuma nem um devaneio de uma qualquer associação contra os raptos de humanos por aliens. A coisa é séria. Um grupo de cientistas ingleses garante que encontrou prova de vida extraterrestre. Onde? Aqui mesmo no nosso planeta, mais precisamente em Chester. A fotografia não é a mais impressionante mas a descoberta é. Basta ler no independent aqui

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A melhor campanha autárquica - Hino Positivo

Tentar ser diferente nem sempre corre bem...

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Estrias, uma carta

Queridas estrias, Conhecemo-nos desde a adolescência quando acharam por bem instalarem-se nas minhas ancas assim que elas começaram a dar de sinal. Não foi uma relação fácil. Ainda tentei aniquilar-vos com um creme super caro da farmácia, mas a vossa brancura indicava que não iam a lado nenhum. Percebi que eram uma coisa do crescimento, que faziam parte do "ser mulher" e acabei por vos aceitar. Até fiquei contente por se terem restringido a uma zona, se bem que se tivesse estrias nos seios era sinal que era um pouco maiores... Adiante. Acabei por aceitá-vos pensando até que, pronto, tinha uma anca larga de parideira. Brincava com isso e até suspirava a pensar que o meu futuro bebé ia conseguir dar a volta na maior e sair muito facilmente. Mas quando foi chegada a altura da verdade, em que de facto o tamanho da minha anca contava, em que as estrias iam valer a pena... pois que se descobre da pior maneira que as minhas ancas escondiam uma bacia pequena. PE-QUE-NA!!!!!!!! PEQUENA!!! A sério??? Então para quê tanto espaço exterior? A sério? Para dar ilusões? Depois de conhecer de perto uma coisa chamada forceps, indaguei a médica sobre o facto e foi ai que surgiu a revelação: "tens uma bacia muito pequena". Isto tudo para chegarmos a outro passo na nossa relação, estrias. Achava que tinham ficado no passado. Que as que tinha até agora iam ficar, mas que durante a gravidez os quilos de creme com que me besuntei tinham evitado o aparecimento de mais amigas vossas. Mentira. Nos últimos dias (sim, porque nunca as tinha visto antes, estou convencida que apareceram durante o parto) surgiram umas novas amigas. Suas velhacas! Como ainda estão vermelhas, não têm tantos anos como vocês, decidi terminar esta relação. Com as novas, que de vocês não me safo. Por isso, fui à farmácia, mais uma vez, e trouxe um amigo para as novatas. Chama-se percutalfa. Para que saibam mais um bocadinho sobre ele aqui fica a definição oficial: "Percutalfa é uma emulsão corporal que favorece a prevenção e a regressão das estrias. Tem uma fórmula inovadora, sem conservantes, que associa ácidos gordos e ácidos de frutos. Ajuda a preservar a suavidade e elasticidade da pele, favorecendo a prevenção de estrias. Como também favorece a renovação da camada córnea (superficial) da pele e a tonifica, contribui para atenuar as estrias já existentes. É pouco gorduroso e penetra facilmente na pele." Espero não ter de te voltar a escrever-vos para dar as boas-vindas às vossas novas vizinhas, porque uma pessoa não merece. Depois de ter conseguido perder quase todos os 13 quilos da gravidez, ainda me faltam uns quatro insuportáveis, por isso deixem-me lá seguir com a minha vidinha e vocês com a vossa, mas sem novas amigas. Ok? Agradecida

Mentir é feio

É daquelas coisas que se ensina aos miúdos: "mentir é feio", "não se deve mentir" ou mesmo "a mentira tem pernas curtas". É uma lição básica: relatar os factos tal e qual como acontecem. Não imaginar o que poderia ter acontecido, nem achar que, como por magia, ao verbalizarmos o que gostaríamos que tivesse acontecido isso passa mesmo a ser verdade. Até aqui tudo bem. Depois são os miúdos a apanhar os adultos com as tais mentiras piedosas: "oh mãe mas disseste à avó que gostaste da comida e afinal estás a dizer ao pai que era horrível", e coisas do género. Aqui tudo se complica. Lá se tenta explicar que há uma espécie de mentirinha, quando na realidade continua a ser pura e simplesmente mentira. Pois bem, isto tudo para chegar à grande confusão na pasta das finanças. Sabia das swaps ou não sabia? Uns dizem que sim, outros que não e no final de contas acaba tudo como uma grande palhaça. A questão aqui é que se trata de ter ou não credibilidade. E quanto a isto não há confusões: quem mente não tem credibilidade. Ou como gostam de dizer quem "falta à verdade" perde um bocadinho o respeito dos outros. E ao que parece foi isso que a ministra fez. Almerindo Marques lá foi à Comissão de Inquérito dizer que a técnica que deu o parecer positivo do IGCP a um swap das Estradas de Portugal foi, nada mais nada menos, que Maria Luís Albuquerque. Então em que ficamos? Achava-se que era possível isto não ser tirado a limpo? Depois aparece a troca de acusações entre esquerda e direita e o velho e gasto "bode espiatório", perseguição pessoal" ou lá o que lhe chamam. A ministra aparece a desmentir as acusações de Almerindo Marques e nós, sim quem vota e está aqui deste lado, fica sem perceber muito bem esta vergonhosa palhaçada. Mas não será mais fácil dizer a verdade? É assim tão difícil não mentir?

Dificuldades do dia-a-dia

Gostaria de saber por que razão é que há tanta variedade de sacos para aspiradores. A coisa não se podia resolver com três tamanhos: grande, médio e pequeno?

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Fashion Night Out alert

Vou simplesmente descrever o que assisti na tv. Jornalista jovem, super gira e fashion entra em directo com o telejornal para fazer a cobertura do Fashion Night Out. Está em plena Avenida da Liberdade e depois do normal "boa noite e assim", agarra um grupo de pessoas que está a passar e diz: "são angolanos". E pronto, o directo foi mais ou menos assim.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Regresso ao Dexter - spoiler alert

Depois de um intervalo de quase um mês regressei ao Dexter. Bem sei que já vai na oitava temporada e comecei agora a quinta, por isso é um regresso tardio. Não é que tenha perdido o interesse na série, mas fiquei muito triste quando a Rita morreu. Tive de fazer o luto para podermos retomar a nossa amizade. Estou pronta Dexter. Vamos a isto. P.S.- Numa época de internet os spoiler alerts para quem chega tarde às séries tornam-se tão parvos como um spoiler alert sobre o Romeu e Julieta, sim, eles morrem.

Invenções que tornam a vida mais fácil: chupeta termómetro

Há os do ouvido, os clássicos de pôr debaixo do braço (digitais, claro) mas não há nada como aplicar a diversão das crianças em nosso proveito. Uma chupeta termómetro faz isso mesmo. O pequeno/a fica ali super feliz e tira-se a temperatura. A Deco até já garantiu que são eficazes. Já testei e são uma bela solução. Só é chato quando eles começam na diversão, a rir e depois de não sei quanto tempo quando está prestes a dar o resultado da temperatura eles a cospem. É voltar ao mesmo. É melhor do que pôr debaixo do braço e ficar a distraí-lo enquanto lhe imobilizamos o braço...

O que eu desconhecia da maternidade: as lavadeiras

Nunca na vida lavei tanta mas tanta roupa. Entre babetes, lençóis e roupa, quer seja à mão (bem mais rápido se for pouca coisa) quer seja na máquina é raro o dia em que não lave nada. Agora entramos noutra fase: lavar brinquedos babados ou melhor que são devorados por um bebé. Não fazia ideia que se lavava tantas vezes tanta coisa pequena. Nem quero imaginar como seria (e é nalguns casos) lavar fraldas com chichi e cocó. Lamento muito sr. ambiente mas as fraldas descartáveis são uma grande invenção. Quer para o bebé que não fica ensopado e assado quer para os pais. Ah e passar a ferro roupa mini é muito divertido. Nunca pensei quando comprei camisas fofinhas, macacões, calções com bolsinhos que passar a ferro ia entrar na equação e ser bem divertido tentar acertar com a ponta de um ferro gigante num bolsinho mini...

terça-feira, 10 de setembro de 2013

This is the life

308 municípios x muitos

As televisões não vão fazer a cobertura das eleições autárquicas. Esta frase parece uma brincadeira. Aliás, numa dita democracia é uma ideia louca. Mas parece que é o que vai acontecer e a explicação é simples. Quase matemática. São 308 municípios, vezes pelo menos 3 candidatos (mas há sempre mais) e todos têm de ter a mesma cobertura mediática. Em termos de contas dá para perceber quantos jornalistas seriam necessários para esta cobertura. E em horas de telejornal? Giro não? As três televisões juntaram-se e pimba: "os canais consideram ser uma «interpretação restritiva da lei eleitoral autárquica». A lei exige que todas as candidaturas, independentemente da dimensão ou influência, tenham igual tratamento por parte dos órgãos de comunicação social. As televisões argumentam não ter meios para fazer cumprir a orientação da Comissão Nacional de Eleições." Não estará a comissão nacional de eleições a confundir os telejornais com os tempos de antena ou com os outdoors políticos?

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

33 anos de "Eu vi um sapo"

A menina que popularizou a canção não teve uma carreira tão longa como o tema que ganhou o Sequim de Ouro, na versão italiana "Ho visto un rospo", em 1980. Maria Armada ainda lançou mais uns temas, teve um programa na rádio local e segundo a wikipedia deu concertos até aos 20 anos. Não pretendo com isto contar mais uma história de estrelas infantis que não conseguem fazer a transição para a vida adulta mas porque eu própria dei nova vida ao tema. Enquanto o meu bebé não me pede temas novos ou melhor me introduz no incrível mundo da Xana Toc Toc e dos caricas, tem de me ouvir a assassinar temas old school. Um deles é o do sapo. Claro que tive de ir pesquisar a letra porque só me lembrava de uma estrofe. Agora já a sei de cor e salteado e o bebé adora, simplesmente adora a música. E como boa letra infantil esta não faz muito sentido, principalmente o final. Vimos um sapo a comer, ele não nos oferece o repasto, no fundo é malcriado por isso vamos brincar. Aqui fica a letra para memorizar. "Eu vi um sapo Um feio sapo Ali na horta Com a boca torta Tu viste um sapo Um feio sapo Tiveste medo Ou é segredo Eu vi um sapo Com guardanapo Estava a papar Um bom jantar Tu viste um sapo Com guardanapo E o que comia E o que fazia Eu vi um sapo A encher o papo Tudo comeu Nem ofereceu Tu viste um sapo A encher o papo E o bicharoco Não te deu troco Eu vi um sapo Um grande sapo Foi malcriado Fiquei zangado Tu viste um sapo Um grande sapo Deixa-o lá estar Vamos brincar."

domingo, 8 de setembro de 2013

Mensagem de carinho materno

Ter filhos é uma forma de revivermos a nossa infância. As histórias que ouvimos contar de como éramos em bebés são repetidas até a exaustão. A minha preferida revela bem como eu era um bebé um pouco insuportável. A minha mãe recordava com carinho, a propósito do choro do meu bebé, um bonito detalhe contraceptivo: "Sempre que desatavas a chorar, lembrava-me logo de tomar a pílula." Bonito, não é? Tal não era o medo de lhe calhar outro bebé deste calibre.

sábado, 7 de setembro de 2013

Rubrica: o que eu desconhecia da maternidade

Que só me foi possível voltar a ler um livro - perdão, começar a ler um livro - quando a criança já tinha 3 meses e meio... Agora vamos ver como vou conseguir manter esse hábito.

Como as redes sociais nos complicaram a vida

Agora ir ao café, ao restaurante ou à praia tornou-se mais difícil. Tudo parece ter de ser picture perfect para aparecer numa qualquer rede social. O café tem de ser incrível, com pessoas espectaculares e temos mesmo de nos divertir e estar com um ar de felizes da vida para a seguir usarmos um filtro de fotografia e a realidade parecer ainda mais gira. Todas as semanas temos de ter um programa super interessante. Entendo a preocupação com isso mas parece-me que tudo se inverteu. Já não nos divertimos apenas para, lá está, nos divertirmos, mas para os outros saberem que nos divertimos. Essa preocupação até pode fazer com que se perca o tal momento incrível porque queremos fotografá-lo, encontrar o filtro mais adequado e publicar esse momento na tal rede social. Viver na esfera pública é mais ou menos isto: cada um se transforma numa pequena celebridade para o seu círculo de amigos e conhecidos. E todos ficamos a conhecer os novos sapatos, vernizes, restaurantes chiques, as férias incríveis e os 390 amigos que se amam de paixão. Tudo sempre um pouco exagerado, tal e qual como as cores dos filtros das fotografias.

A maternidade no seu lado mais bizarro

Bater palmas e ficar verdadeiramente feliz quando se abre uma fralda e está cheia de cocó é uma coisa que nunca me imaginei a fazer. Mas é verdade. Isso e dizer - "boa! que lindo!" - depois do bebé dar um gigante arroto. A maternidade é muito escatológica!

domingo, 23 de junho de 2013

Rubrica: o que eu desconhecia na maternidade

Que usar brincos é uma questão de vida ou morte da orelha, entenda-se. É que num ataque de cólicas um bebé agarra tudo o que tem à mão. De brincos, a cabelos e é até possível conseguir arrancar-nos um pouco do pescoço. Limar as unhas ao bebé é um habito essencial só bem estar dos pais.

domingo, 9 de junho de 2013

Pensamento da noite

Porque raio é que o aero-om não funciona como tranquilizante, ao melhor estilo valium? Acho que é isso que muitos pais pensam quando se apercebem que ainda agora a noite começou e já dá para perceber que o bebé não está muito interessado em dormir... Outro pensamento é: naquelas alturas de choro compulsivo em que já arrancamos cabelos porque é que eles continuam a rejeitar a chupeta? E quando insistimos com um pouco mais de força porque não funciona? A vontade é dizer: ouve lá o que se passa? Vamos conversar e resolver isto. Mas não dá. Acabam por ganhar eles e lá vêm para o colo.

sábado, 8 de junho de 2013

Séries - uma antiga e uma velha

Uma descoberta nova foi a série "House of Cards", sobre os bastidores políticos da Casa Branca e Senado. A série está muito bem escrita e Kevin Spacey é simplesmente genial. É aquele filha da mãe que consegue fazer com que gostemos dele. Mesmo sendo manipulador, egoísta, sem escrúpulos e capaz de qualquer coisa. É uma daquelas séries que prende pelos diálogos, reviravoltas e pela incrível capacidade do ser humano de ser um verdadeiro animal. Um animal educado, é certo, mas no fundo aquele mundo é tal e qual uma selva, e todos querem ficar com a melhor parte da presa e mostrar que aquele território é deles. Uma descoberta velhinha, velhinha é a série "Dexter". Sempre ouvi falar muito bem da série, do actor, do guião, mas aquele sangue todo deixava-me incomodada. Achava que não ia gostar e agora estou viciada. A vida de um serial killer com valores morais e uma ética muito própria é uma bela ideia. Dexter tem aquele lado de justiceiro, de herói mas sem ser um chato. Benditas sejam as séries que salvam o cérebro de uma recém mamã de se afundar em biberons de bebé, fraldas e chupetas.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Continente não cobra entrega de compras em casa a grávidas e recém-mamãs

Ora vamos lá fazer serviço público. Pois parece que o Continente tem uma iniciativa incrível para recém-mamãs e grávidas: não cobra a entrega em casa de compras superiores a 50€. De vez em quando sabe bem ouvir boas notícias e perceber que há quem entenda que estar grávida não é um mundo cor-de-rosa - apesar de quando não deixam passar na fila das compras ainda dizem: "gravidez não é doença, mas passe lá" - e que ser mãe de um recém nascido tem muito que se lhe diga, ou melhor, que cansaço é mais que muito. Basta inscrever-se neste link.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O melhor dos Globos de Ouro

Os Globos de Ouro devem existir para que o José Pedro Vasconcelos possa fazer o que podemos ver neste link. É tão bom que dá para chorar a rir.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Ser mãe é perceber de números

Nunca gostei de números. Desde pequena que os tento ignorar e olhá-los até com um certo desdém. Prefiro as letras, dão me mais gozo e mexem mais com a minha massa cinzenta e imaginação. Passei uma boa parte da vida a tentar livrar-me dos números e a manter com os ditos o mínimo de relação possível com bastante sucesso. Eis se não quando me transformo em mãe e dou por mim a passar os dias a pensar neles, nos números. E tudo começa com a gravidez. Ou melhor nas vésperas dela com os atrasos do período. Quantos dias foram mesmo? Depois do facto consumado, começam a contar-se as semanas e o primeiro marco são as 12. A seguir são as ecografias a semanas certas e esquecemos que falamos em meses. Isso é uma coisa demasiado fácil e o desenvolvimento da criança faz-se à velocidade da semana. Quando a gravidez acaba, achava eu que as contas terminavam com ela. Nada mais longe da realidade. Surge então a conversa do percentil que até hoje ainda não percebi muito, muito bem. Só sei que nos o lugar da nossa criança na média das outras todas. A seguir vem a conversa das gramas. Um bebé tem de engordar no mínimo 30 gramas por dia. E lá damos por nós a olhar para a balança como nunca o fizemos. Queremos mais peso e nada de emagrecer. Ao mesmo tempo aparece a rotina da alimentação e divide-se o dia em blocos de duas em duas horas. As noites tornam-se períodos interrompidos e acordar às 3h ou às 5h transforma-se na rotina. Outra conta a juntar é a quantidade de comida ingerida, os ml de leite materno, a que muitas vezes se têm de juntar os ml de suplemento para fazer o número ideal. E para que a memória não falhe, o telemóvel tem de tocar de x em x horas porque ninguém nos ensina a funcionar com privação de sono. Contas feitas, só queremos que bata tudo certo e não falhe nada nas contas mais importantes da nossa vida.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Boston pode ser em qualquer lado

Quando ouvimos que explodiram duas bombas nos Estados Unidos é inevitável revermos na nossa cabeça o 11 de Setembro. É uma marca na história mundial, tal como a Segunda Guerra Mundial foi para as gerações anteriores. Mas o que é mais assustador nestes episódios é que não há um rosto. Ou seja, não há um país dos maus que simplifique este mundo tão complicado. O nosso cérebro precisa desses atalhos para organizar a informação. Estes atacam são maus, vamos retaliar e tudo há-de correr bem. Até pode não correr e causar tanta desgraça como os outros episódios, mas pelo menos fica arrumado aqui na cabeça. Bem sei que é um ponto de vista muito simplista, ingénuo, talvez. No entanto, há uma coisa que me assusta. E isso é pensar que basta um grupo de meia dúzia de pessoas, com muitas ou poucas ou nenhumas relações com grupos terroristas, apenas que simpatizam com os ideais, que engulam a pastilha do fanatismo, e que um dia acordam e decidam matar pessoas. Arranjam uma bombinha caseira, escolhem um local público e chocam a humanidade, retiram vidas como quem dá cá aquela palha. É triste e assustador porque quanto a isso acho que não há solução à vista.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Sem título é melhor

Passaram-se vários meses desde que disse que voltava e não voltei. Uma promessa a pairar no ciberespaço que não deu em nada. As minhas intenções eram boas, é certo. Mas depois... Olhem, não me apeteceu mais. Então por que raio vou voltar agora? Pois que não sei, nem vou arriscar dizer que vou voltar porque não sei se é verdade. O que terá acontecido então nos últimos meses? Pois que engravidei. Foi isso. Não foi um acidente, foi mesmo uma vontade dos dois, mas por mais vontade que seja acho que nos apanha sempre desprevenidos, no sentido em que ninguém está mesmo pronto para ser mãe ou pai. A criança ainda não nasceu, mas está perto disso. Já fiz cursos de preparação para o parto, tenho enxoval comprado, com direito a maquinetas tipo esterilizador e afins e ainda assim sei que não estou pronta. Ninguém está. Quando nascer logo se vê o que o nosso cérebro vai decidir. Acho que tive tantas coisas a passarem-se na minha cabeça, com muito trabalho pelo meio, que não me conseguia focar em mais nada. Podia até dizer que teriam sido não sei quantos meses a preparar-me para a mudança. Mas acho que seria mentira. Estou tão impreparada como no dia em que fiz dois testes de gravidez (sim, dois que isto é melhor verificar) e fiquei radiante por descobrir que aquilo queria dizer que ia ser mãe. Senti uma felicidade muito grande, diferente, uma euforia e ao mesmo tempo a sensação: e como vai ser? Olhem, pois que não sei. Logo se vê.