quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Finanças

Acredito piamente que nos departamentos das finanças fala-se outra língua, uma nova espécie de português que desconheço. Quando lá chego fico em estado de choque sem perceber muito bem o que me dizem.
Há pouco tempo apareceu-me uma dívida estranha em casa. Primeira reacção: pânico. Depois percebi que afinal estava tudo bem. Fomos ao departamento e tive de escrever por escrito um pedido que era qualquer coisa como: "Solicito o afastamento da coima". Ora aqui está uma frase deliciosa. Não peço para não pagar, não digo que não devo nada a ninguém, nem solicito a isenção da coima, mas sim o afastamento dela. Que requinte. Quero muito aplicar isto ao meu dia-a-dia. Ideia de hoje: "Solicito o afastamento do trabalho e a aproximação urgente das férias ou da reforma".

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quinta da Regaleira

Um belo passeio de fim-de-semana e vale a pena fazer a visita guiada.






sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Lá, lá, lá

Lá, lá, lá

2012

Com estas medidas todas que para aí vêm estou seriamente a considerar, como plano mais eficaz, voltar para o útero da minha mãe. Fico lá um aninho a descansar e depois volto. Ok?

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Pérolas de sabedoria

No zapping diário já tropecei em algumas pérolas da Casa dos Segredos. Aqui ficam duas deliciosas.

A voz fala para uma das concorrentes: "Diga-me o nome de um país da América do Sul?"
Concorrente: "Ai, não sei..."
A voz insiste: "Diga só um país."
Concorrente: "Hummm, não sei mesmo"
Depois vem um silêncio e...
Concorrente: "África"

Outra história bonita. Num jogo de adivinha quem sou eu, com aqueles post-its na testa, Fanny demonstra o seu raciocínio.
"É actor?"
"Não"
"Jogador?"
"Não"
Silêncio acompanhado de olhar no vazio.
"Drogado?"
Aqui está uma lógica impressionante. Depois de muitas pistas, ela percebe que é alguém ligado à religião.
"Papa João Paulo II"
"Não."
"João Paulo III"
ahhhh... Tão bom.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Gatos


Não é um vídeo novo mas é tão bom. Vou ensaiar isto com as minhas gatas e transformá-las em estrelas do You tube.

True blood... volta

Vi a primeira temporada e gostei logo, tipo paixão à primeira vista. Num misto de gritinhos de adolescente: "aiii, Bill"; "aiii, Eric" e outros gritinhos de medo. Depois a acção complica-se. A tensão sexual mantém-se e começam as loucuras de seres estranhos e a tentativa de encontrar algum sentido. As relações vão ficando menos infantis e pela segunda temporada já estamos presos. Agora a terceira... A terceira é maravilhosa. Devorei-a numa semana e para mal dos meus pecados ainda não arranjei a quarta. Nos dias seguintes senti-me um pouca orfã. Mas hei-de tratar disso brevemente.
"Sokiiiiiiiiieeee"

O meu cesto do almoço

Uma coisa que escrevi por aí no universo das letras impressas.

Somos uma geração de nostálgicos,a maralha dos 25 aos 40. É ver-nos
aos pulos quando descobrimos uma loja que vende os Pinypon e o castelo do He-Man. Chegam a vir-nos as lágrimas aos olhos quando ouvimos o genérico da Arca de Noé (aqui
me assumo) e ficamos emocionados ao rever o imbatível guarda Serôdio. Os blogues sobre o tema nascem como cogumelos e Nuno Markl tem ajudado, e muito, esta geração
faminta por viagens no tempo. Mas recordar nem sempre é bom. Digamos, por exemplo, recordar o cesto do almoço. O verbo odiar, conjugado em situações extremas, assenta aqui que nem uma luva. Odiava tanto o meu cesto do almoço que sempre que o via dava-lhe pontapés. Mas pontapés a sério, do alto dos meus quatro anos. O cesto do almoço era igual a ver uma sopa verde com batata cozida(ou melhor, um monstro verde) e significava que não ia comer à casa dos meus avós. Aqueles almoços não eram memoráveis só por causa da comida, mas sim pela viagem. Imaginação nunca faltou ao meu avô, por isso andar de carro com ele não era rotineiro. O carro transformava-se no que nós quiséssemos. Podia ser um comboio, com o meu avô a fazer os barulhos “pouca terra”, um jipe, com ele a passar por cima de buracos, e até o elevador
era um helicóptero, um avião, o que nós quiséssemos. O cesto tricolor, de verga, significava que ia comer na escola, ao lado das auxiliares que me fiscalizavam
porque às vezes deitava a sopa no lixo quando as apanhava desprevenidas. Detestava tanto o cesto que quando o revi voltei a sentir o cheiro do refeitório e a recordar-me do termo com dois compartimentos: sopa + prato principal. Hoje parece-me mais inofensivo. Mesmo assim não o quero lá em casa.

Aquela altura do mês

Estar "naquela altura do mês" é achar que o mundo vai acabar a qualquer momento e ter a certeza de que somos o mais infeliz ser vivo à face da terra. Até uma alface tem uma vida mais interessante. "Aquela fase do mês" faz com que tenhamos uma lágrima preparada para saltar a qualquer momento. Mas o melhor de tudo é que nos podíamos consciencializar que "ah, estou a ver isto tudo muito triste porque estou naquela altura do mês". Ainda assim, depois de fazer esse raciocínio e ter vontade de matar aquelas senhoras saltitonas dos anúncios da Evax, continuo a achar que o mundo é um cocó e quero é ficar fechada no quarto a dormir. The end!