quarta-feira, 17 de abril de 2013

Boston pode ser em qualquer lado

Quando ouvimos que explodiram duas bombas nos Estados Unidos é inevitável revermos na nossa cabeça o 11 de Setembro. É uma marca na história mundial, tal como a Segunda Guerra Mundial foi para as gerações anteriores. Mas o que é mais assustador nestes episódios é que não há um rosto. Ou seja, não há um país dos maus que simplifique este mundo tão complicado. O nosso cérebro precisa desses atalhos para organizar a informação. Estes atacam são maus, vamos retaliar e tudo há-de correr bem. Até pode não correr e causar tanta desgraça como os outros episódios, mas pelo menos fica arrumado aqui na cabeça. Bem sei que é um ponto de vista muito simplista, ingénuo, talvez. No entanto, há uma coisa que me assusta. E isso é pensar que basta um grupo de meia dúzia de pessoas, com muitas ou poucas ou nenhumas relações com grupos terroristas, apenas que simpatizam com os ideais, que engulam a pastilha do fanatismo, e que um dia acordam e decidam matar pessoas. Arranjam uma bombinha caseira, escolhem um local público e chocam a humanidade, retiram vidas como quem dá cá aquela palha. É triste e assustador porque quanto a isso acho que não há solução à vista.

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