sábado, 28 de maio de 2011

Melros e jornais

Gosto da rotina de ler os jornais de manhã ainda assim meio a dormir. Gosto de beber café enquanto começo a despertar para o mundo e descobrir o que se passa. Gosto do cheiro do café e do cheiro dos jornais. Era preferível ter um mordomo, como a Rainha Isabel II, a passar os jornais a ferro para não ficar com os dedos sujos, mas adiante. Até se tolera bem a sujidade nos dedos. Numa dessas incursões descobri uma notícia que me deixou estupefacta.
Então não é que agora é permitida a caça ao melro. Sim, o melro. Aquele pássaro engraçado, de bico amarelo que saltita e alegra as cidades. É quase tão bizarro como caçar pardais ou andorinhas.
Ninguém achou piada a isto. É quase um momento histórico: ambientalistas e caçadores de acordo. "Abrir caça ao melro não faz sentido, nem do ponto de vista da caça, nem do ponto de vista gastronómico. Nenhum caçador se sentirá bem ao abater este ‘pássaro de jardim’", defende Helder Ramos, da Federação Portuguesa de Caçadores ao Sol.
Só uma pergunta: porquê?

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