domingo, 22 de maio de 2011

O livro das caras

Tenho facebook, utilizo-o quase todos os dias (excepto fins-de-semana) e gosto de conversar com amigos, rever colegas e receber updates de sites de informação, lojas e afins. Não tenho nada contra redes sociais, nem penso que o facebook destrua as relações sociais. Mas às vezes interrogo-me se não há por aí muita gente que vive em função do facebook. Que vai à esplanada para escrever que foi. Que tira mais fotos só para mostrar no facebook. Que vai de férias e não consegue desligar do facebook e tem de mostrar o que viu e fez no exacto momento em que as coisas estão a acontecer. Pergunto-me sempre: "por que raio é que não te estás a divertir em vez de escreveres essas coisas no facebook?". Melhor ainda são os anúncios: "vou fazer uma coisa incrível e já volto". O objectivo é a pura partilha ou é o: "toma lá, roam-se de inveja". Posso estar a ver segundas ou quintas intenções em mensagens simples mas fico sempre com essa sensação. É o género: "ai vou ter uma manhã tão ocupada. Tenho de ir às compras, levantar o passaporte para ir para um país exótico e depois tenho uma massagem. Amigos, eu sei que vocês precisam imenso de saber isto e não é para fazer inveja a ninguém". Hummm. Pois. Se calhar eu é que sou a pessoa horrível. Mas enfim. Agora tenho de desligar e ir jogar à bola com as minhas gatas. (Tradução: papel em forma de bola que se atira, elas apanham e devolvem) Não é o equivalente a uma viagem mas é o melhor que se arranja.

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