segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Pós-óscares e pensamentos soltos

- Pois ainda bem que não apostei dinheiro. Teria perdido e bem. Só acertei em três. Não faz mal. Fica para a próxima. Ainda assim continuo a acreditar que "A Rede Social" é o melhor.

- Estou convencida de que sou a pessoa mais lenta à face da terra. Se não sou a mais lenta, sou uma das. Aliás, no concurso: "qual é o animal mais diferente da lebre", eu ganhava. Faço uma listinha muito linda de tarefas, comprometo-me comigo mesma a sair cedo do trabalho e... Pimba. Não resulta.

- Sofro de nervosismo por antecipação o que é uma chatice para o estômago e para os nervos. Ah! E acaba com o meu sono.

- Pela primeira vez na minha vida contratei uma empregada para limpar e arrumar a casa. Ainda não vi o resultado, só espero que seja uma surpresa tipo manhã de Natal. A ver vamos.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Óscares

Os Óscares são já amanhã. Gosto de ver a cerimónia e felizmente, graças à televisão digital, é possível gravar e ver depois. Ficar acordada até às tantas é coisa de outros tempos. Consegui ver quase todos os nomeados e tenho pena que "A Origem" não tenha mais destaque. As minhas apostas são:

Melhor filme
A Rede Social
Melhor realizador
David Fincher
Melhor actriz principal
Natalie Portman
Melhor actriz secundária
Hailee Steinfeld
Melhor actor principal
Colin Firth
Melhor actor secundário
Christian Bale
Melhor filme de animação
Toy Story 3

Bom fim-de-semana

Cheira a Primavera. Chuva, nem vê-la. Sol e boa disposição é o que se quer. Problemas? Não existem. Na rua, é ver a alegria das pessoas quando aparece o sol. Até já vi gente de blusa de cavas. Anda daí Verão. Chega mais depressa, s.f.f.
Aqui fica uma boa música para o fim-de-semana.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

"The Wire" - wake up call

Chega ao fim (para mim) uma das melhores séries que alguma vez vi. "The Wire" esteve nomeada para os Emmy mas nunca venceu. E não se percebe a razão. Mas a falta de prémios não lhe tira crédito nenhum. É uma das séries mais bem escritas e mais reais. É um mergulho no mundo de Baltimore, nos Estados Unidos. O tráfico, a polícia, os miúdos, a droga e a ética - a pouca que existe tanto nos traficantes, nos soldados, como nos drogados e polícias. O trunfo da série é o trabalho de casa. No meio dos figurantes há ex-traficantes, pessoas que vivem nos bairros sociais de Baltimore, polícias de verdade. O elogio mais frequente que a série recebeu era a de que era real. Melhor do que explicar é ver a série. Com cinco temporadas, gravadas de 2002 a 2008, num registo quase documental. Há muito boa televisão neste mundo. Basta procurar. Obrigada a estes senhores por grandes momentos e algumas lágrimas.

Trailer da primeira série


Omar, simply the best


Aulas de economia para traficantes


O assassino mais chique


O filho da mãe do Marlo e a sua primeira aparição


Bunk e Omar num dos melhores diálogos


McNulty e Bunk - investigação só com a palavra fuck


Spoiler: como um miúdo se pode libertar

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A crise do açúcar

Desenvolvi um hábito um pouco idiota ou simplesmente parvo. É filho da necessidade. Passo a explicar. No meu trabalho há máquina de Nespresso. Também tenho uma em casa, por isso compro cápsulas para as duas. Como o tempo das vacas gordas já se foi há muito por estas bandas, deixou de haver açúcar no trabalho. Quem tem Nespresso, arranja o seu açúcar. Já trouxe um bom bocado numa caixinha, bebo sem açúcar, às vezes, e outras arranjo pacotes nos cafés. É verdade. É este o novo hábito.
Vou beber um café e em vez de tirar um pacote, tiro dois. Já sei fazer isto com bastante destreza. Num movimento ligeiro e pimba. Quando começo a beber já tenho um no bolso. Podia simplificar e tirar logo mais do que um. Mas fico com peso na consciência. (estupidamente, talvez) Se vou com outra pessoa, tiro dois. São os correspondentes ao que consumo. Só que a dobrar. Podia ter-me dado para pior...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Apontar na direcção errada

Acho muito engraçado as pessoas revoltarem-se com quem não é responsável pela situação delas. Apontam as armas para o lado e não para o problema que está em frente. É muito mais fácil dizer mal dos colegas do que do chefe. A origem do problema é o chefe. A solução é o chefe. Mas gastam energias com fartura a dizer mal de quem nada pode mudar. Não me aconteceu directamente, mas sim a quem está acima de mim. Fico com vontade de chegar-me ao pé dessas pessoas, bater-lhes no ombro e dizer: "Gastem energia a mudar a vossa situação. A dizer mal dos culpados em vez de atirarem as mãos ao alto e dizer que os outros coleguinhas é que são sortudos".

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Croácia

Só me apetece viajar. Como não posso, recordo viagens que fiz. Uma das melhores foi à Croácia. Adorei. Aqui fica.






Impossibilidades derivadas de complicações do foro profissional

Esta semana foi uma correria de tal ordem que nem tive tempo de pensar. É possível? Acho que sim. Fiquei atulhada em trabalho. Pelo caminho perdi uns quantos neurónios, arranjei para aqui mais uns cabelos brancos e consumi muita da minha paciência. Chegou áquela fase interessante em que até eu estou cansada de mim mesma.
Felizmente, as folgas curam quase tudo.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Esquisitices de gato

Já aqui falei das minhas duas gatas. São lindas de morrer e fofas até mais não. Mas também têm os seus momentos menos felizes. As esquistices deste mês são bem originais. Aqui ficam:

- Adoram brincar com a água dos seus bebedouros. Desconfio até que sejam experimentalistas no que toca à comida. Já vi uma delas a tirar uma bolinha de comida seca com a pata e a colocá-la dentro de água. Em seguida, põe a pata dentro de água para tirar a comida. Anda ali meio a brincar. Quando a consegue apanhar, depois de ter espalhado água pelo chão, come a comida molhada. Terá um sabor mais apurado? Ela repete isto todos os dias. Felizmente não o faz com a comida toda.

- Gata salta para o cimo das costas de um cadeirão. Equilibra-se e estica o seu belo pescocinho em direcção ao quadro que está na parede, por cima do cadeirão. Nesse momento decide mordiscar o quadro. Que coisa mais fofa! Mais uma vez: "porquê?".

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Tarefas

Deve existir um aforismo ou um ditado com esta ideia. Não investiguei nem procurei no google, mas tenho a certeza de que todos os humanos já se depararam com este problema.

As tarefas que se adiam, por darem demasiado trabalho, adquirem dimensões herculeanas à medida que o tempo passa.

Depilação em câmara lenta ou como o capitalismo acaba com a qualidade

O tema é delicado e apropriado a senhoras. O salão de estética onde costumo ir tem a particularidade de ser em conta e de mudar de empregadas todos os meses. A última moda não são as brasileiras, mas sim as ucranianas. Pois bem, fui atendida pela Natalya, muito simpática e pouco faladora. Cada vez que me pedia alguma coisa dizia: "Desculpe incomodar. Por favor, importava-se de...". Extremamente cuidadosa e perfeccionista. O que é uma coisa boa, mas também uma coisa má.
A depilação é um processo doloroso e necessário. Natalya sabe disso. Quando chegou a parte das virilhas, ela decidiu fazer pequenas barras de dois centímetros. Muito devagar e com cuidado. Comecei a ficar nervosa e tentar perceber se aquela técnica era eficaz. Normalmente as esteticistas tentam despachar aquilo o mais rápido possível. Barras de cera grandes e zuca! Ela não.
Natalya opera calmamente. Vai buscar cera, espalha uma mini barra de cera, vai buscar banda de papel, puxa. E volta tudo ao início. Depois de 10 minutos na primeira virilha, aparece uma colega do salão a perguntar: "Quanto tempo demoras?". Pobre Natalya, atrapalhada, diz que demora 30 minutos. Demorou muito mais. Mesmo muito mais.
É certo que esta deve ter sido a visita menos dolorosa que fiz à esteticista, mas também uma das mais demoradas. O mesmo processo calmo e pausado estendeu-se às pernas. A dada altura dei por mim nervosa a olhar para o relógio. Estava atrasada, a Natalya estava atrasada e a fila de clientes não parava de crescer.
Gostei da senhora, mas fiquei convencida de que ela não deve durar muito tempo ali. Tanto perfeccionismo e cuidado não condizem com o sistema capitalista. Pelo menos àqueles preços. Naquele centro, o que se quer é ser rápida, eficaz e atender o maior número de clientes possível. Natalya é uma pedra nesse caminho e ao mesmo tempo um mimo para as clientes. Contradições dos tempos modernos.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Quero afixar este cartaz no meu local de trabalho com a seguinte mensagem

"Fechado para férias. Volta daqui a uns meses. Por favor não incomodar."

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Escrever como quem cozinha

Escrever parece fácil. Aprende-se o básico. Há um sujeito, um verbo, complementos, preposições e vai-se por aí a fora. Qualquer pessoa o consegue fazer. Temos de ter ideias, é certo. Mas mais uma vez qualquer ser pensante as tem.
Temos de saber organizá-las de forma correcta. Com princípio, meio e fim. E já está. Mas escrever é como a culinária. Para se conseguir criar novos sabores, nunca antes provados, é preciso uma dose de génio, de brilhantismo. Alcançar tal proeza não é fácil. Tal como a culinária ou a ginástica, é preciso treino. Muito treino para se atingir o que se pretende. Ainda assim é difícil.
Pegamos num livro e de repente percebe-se que a mestria de uns é a impossibilidade de outros. Pegar em palavras e organizá-las de forma original, transcendente, é uma tarefa reservada a poucos. Não almejo atingir tal categoria, gosto de a apreciar, de ser surpreendida e de pegar num livro e pensar: "Bolas! És mesmo bom ou boa". Aconteceu-me agora mesmo ao pegar no "Grande Gatsby". Já aconteceu com tantos outros. É quase como pegar em ovos, sal e pimenta e criar uma coisa que nos eleva. A literatura é isso. Apreciar cada palavra, cada frase, cada parágrafo. Sentir uma explosão de emoções a elevar-nos o palato. No fim, descobrimos que naquela história ou prato tem algo de novo, de diferente, de invulgar. Que a vida esteja cheia de experiências destas.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Cisne Negro

Gosto de detalhes. Detalhes ricos em conteúdo que são capazes de elevar um filme a fenónemo de culto. As coisas simples dão mais intensidade e realismo. Fazem-nos acreditar que aquela personagem existe, que nos podemos cruzar com ela no metro, dizer-lhe "Olá" e seguir em frente. O "Cisne Negro" é um filme triste e bonito. Rico visualmente, intenso, carregado de sexualidade. O sexo talvez esteja em excesso, dizem as bailarinas e bailarnos, mas para quem é um simples espectador ajuda a perceber a necessidade de libertação de Nina (Natalie Portman). O filme mostra-nos a obsessiva busca da perfeição e as suas consequências. Nina consegue ser perfeita, magnífica, mas tudo tem um preço.
"Cisne Negro" está nomeado para cinco Óscares, um deles o de melhor actriz, espero que Portman leve a estatueta para casa. Ela merece.

Band Of Horses - No One's Gonna Love You [OFFICIAL VIDEO]

Tratamento auditivo.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Viva a publicidade. Vader vs VW



A marcha imperial é uma das melhores músicas de sempre. Este anúncio é pensado para fãs de Star Wars e não só. Terapia de final do dia.
Ah! Já me esquecia. Ser mau às vezes parece muito cool, E o Darth Vader, dentro do estilo vilão muito bera, é brilhante a ser cool.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Hábito ou vício

Cai em tentação. Resisti durante semanas a fio. Vi-me tentada várias vezes, até que me apanharam na curva e vacilei. Os nervos apanharam-me pela direita, o stress pela esquerda e as minhas unhas olharam para mim com aquela cara: "se me roeres, tudo vai ficar melhor. Acredita. É disto que precisas." Esqueci os vernizes lindos que tenho lá em casa. Pus de lado as promessas e juras de que não o faria mais. Rói as unhas. Pronto. Há que dizê-lo com frontalidade. Não resisti e fui tudo a eito. De seguidinha. Dez à minha disposição. Que festim. Senti-me realizada. Aquilo acalmou-me durante um nanossegundo e voltámos à estaca zero.
Bem-feita para mim. A ver se largo o vício. É uma porcaria. Mas não são assim todos os vícios? Só abro uma excepção: chocolate. Quem é que é capaz de apresentar um defeito suficientemente forte para se deixar este manjar dos deuses? Pois que não existe.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Os seres humanos em geral e em particular

Ninguém gosta de ser enganado. Contar com uma coisa e não a ter, é chato. Digamos a título de exemplo que uma pessoa precisa de outra pessoa para o bom curso do seu trabalho. A pessoa Y compromete-se. A pessoa X trata de todos os arranjos essenciais para que tudo corra bem e pimba. Pessoa X à última da hora diz: "Ah! Afinal não posso. Não leve a mal. Não é mesmo possível." E pimba. Desliga com telefone com leviandade, sem hesitar e nós ficamos destroçados, com um pepino nas mãos. Melhor. Quando a pessoa Z compromete-se e pede: "ligue mais tarde". Pessoa X liga e nada. Não atende, nem responde a SMS. Mais valia ter dito: "não"! Levar ao engano, fazendo de conta que está tudo ok, para depois escolher a saída mais fácil e simplesmente não atender o telefone, é cobardia.
O que fazer? Plano B. Plano C. Plano H. Tudo para remediar a situação. A pessoa X e Z responsáveis pelo imbróglio, já nem se lembram do nosso nome, dormem descansadas e nós com o coração aos pulos. Pode parecer uma história amorosa. Juro que não é. Ter de depender de terceiros para o nosso trabalho é uma tarefa muito ingrata.

Sem sair da cadeira

Aproximamo-nos cada vez mais dos senhores gordinhos do filme "Up!". Aqueles que se deslocavam em pequenas naves em forma de cadeirinha. Não precisamos de sair da cadeira para falar com os amigos, para saber as notícias, para visitar as ruas das nossas cidades e agora já nem precisamos de sair para visitar museus. Visitem o site http://googleartproject.com . Dá para entrar no MOMA em Nova Iorque, no Prado em Madrid e fazer zoom nos quadros. Ver tudo com detalhe, as pinceladas, as sobreposições. Isto bom como forma de conhecimento extra e não de substituição.