terça-feira, 11 de janeiro de 2011

NYC murder

A história que marca o início de 2011 é um crime sórdido que colou toda a gente ao ecrã da TV. Uma história trágica que parece escrita por uma Agatha Christie do Séc. XXI ou retirada de um episódio do CSI. Os crimes são sempre histórias apaixonantes, porque ficamos a pensar: "como é possível que um rapaz tão normal tenha feito aquilo?". Aparecem sempre pessoas a dizer como o assassino era tão educado, simpático e normal. No caso do Renato, um jornalista encontrou o café onde ele ia comer e uma senhora a dizer: "Ele dizia sempre obrigado e era muito discreto". Um homicida normalmente não agradece, tem ar de mau, um olho torto ou algo assim. Alertas divinos para os humanos. Uma espécie de história da Disney. Adiante. O que me tem chocado nesta história não são apenas os contornos sádicos do crime, mas a reacção das pessoas. Há quem tenha a coragem de escrever e dizer que o Carlos Castro merecia. Que o coitado do assassino é uma vítima. Este crime vem provar que ainda há muita gente homofóbica neste país. Esquece-se que é um crime violento, com requintes de malvadez e que a vítima é quem morreu.

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