É muito bom, bem giro, é inevitável no que toca à evolução do Homo Sapiens actual. A única coisa chata nisto é que é uma profissão para a vida. Ter uma casa (comprada ou alugada) implica a sua manutenção. A manutenção mais simples e básica pode ser engraçada. Escolher cores, móveis, decoração, mas e as compras... A comida acaba sempre. Todos os meses temos de comprar carne, pão, cereais, leite. E o pó que nasce todos os dias vindo do espaço. Mesmo com janelas fechadas e poucos metros quadrados há dias que parece o faroeste. Era tão bom que não se tivesse de fazer isso todas as semanas. A sensação é: "mas eu já não tinha limpado isto?" Tinha. Mas suja-se sempre. Que ciclo infindável.
O problema de sair da casa dos papás, é que agora a casa é nossa. Ninguém gosta de viver na desarrumação. No meu quarto em casa dos meus pais, ser desarrumada era quase uma questão de estilo, de personalidade, um desapego às coisas materiais. Balelas.
O facto de não ter aquelas senhoras simpáticas que a troco de euros nos fazem esse trabalho chato, pode contribuir para esta noção: nunca vai estar sempre arrumado nem sempre limpo. Faz-se o que se pode. Os filmes da Disney é que não me prepararam para isto. Não me lembro de ver a Branca de Neve, nem a Ariel a limparem a casa, depois de terem encontrado o príncipe encantado.
Mas para não tornar este post um desabafo inútil e pessimista. Confesso que além de me ter dedicado às limpezas com assistência técnica (justiça seja feita a quem divide o lar comigo). Aprendi a fazer tarte de chocolate. Bem boa!
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Pensamento do fim de dia
Não basta ter boas ideias. Tens de ser o primeiro a tê-las. Toma lá que já aprendi.
Entrada de blogue ao estilo facebook e twitter
K. padece de um tique nervoso no maxilar. Uma pequena veiazinha que dá pulinhos irritantes. Já tive isso na pálpebra agora é no maxilar por baixo da orelha. Sinal de que preciso de férias?
A visitar
Há dias chatos, macilentos, que custam a passar. Desespera-se em frente ao computador, à espera de uma lufada de ar fresco. Os olhos não descolam do relógio e faz-se F5 nas páginas de trabalho a ver se muda alguma coisa. Para esses momentos existe a internet. Recomendo uma navegação nesta bela pérola que me enviaram. Humor, orginalidade e algumas gargalhadas. A clicar em http://salaoneurotico.tumblr.com. Aqui fica um exemplo:
Bully Cow
Bully Cow
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Bang or not to bang?
A minha relação com as franjas (bangs em inglês, assim justifica-se o título catita), começou muito cedo e sempre foi problemática. Acredito que as franjas sejam amigas dos pais. Se não veja-se. Uma criança pequena com cabelo comprido é uma trabalheira. Miúdos com cabelos sujos, a bater nos olhos, despenteados. Tem de existir sempre um gancho por perto ou então o cabelo fica oleoso graças às mãozinhas abençoadas das catraias que mexem em tudo. Podem até surgir hábitos nojentos como chupar o cabelo. Adiante.
Para mim a franja significava repressão parental. Aquilo era a decisão da minha mãe. Eu nada podia fazer. A minha avozinha também adorava cortar-me o cabelo curtinho para "ficar forte". Quando finalmente atingi a bela idade de 10 anos, dei o grito do Ipiranga e tive autorização para deixar crescer a franja. Que liberdade. Finalmente achava que parecia uma verdadeira menina. Mas com essa moda surgiu outra relação complexa. Entrava na minha vida uma coisa chamada bandelete.
Recordem-se que a franja passa por uma fase de crescimento estranha. Nem é, nem deixa de ser. Nem dá para andar solta e mal a conseguimos prender. Nesses momentos, aparece outro instrumento de repressão: a bandelete. O que eu sofri com aquelas coisas que me faziam parecer sempre igual em todas as fotos... A emancipação surgiu anos depois e deu resultados tão bonitos como ter cabelo à rapaz. Agora é ver-me com o cabelo comprido, feliz e solta.
Eis se não quando aparece a moda das franjas. (A história está a ficar demasiado grande, mas é para dar mais drama e justificar a mim mesma esta mudança de vida.) Tremi de repulsa. Praguejei. Clamei aos céus por justiça. Resisti durante anos. Até que ganhei coragem e enfrentei o meu ódio de criança. Aquelas pontas irritantes que me batiam nos olhos e que me impediam de fazer aquele movimento incrível de puxar o cabelo para trás. Rendi-me à mudança, abracei o meu "inimigo" e juntei-me a ele. Mas atenção, a franja não é igual à antiga. Isso não suportaria.
Para mim a franja significava repressão parental. Aquilo era a decisão da minha mãe. Eu nada podia fazer. A minha avozinha também adorava cortar-me o cabelo curtinho para "ficar forte". Quando finalmente atingi a bela idade de 10 anos, dei o grito do Ipiranga e tive autorização para deixar crescer a franja. Que liberdade. Finalmente achava que parecia uma verdadeira menina. Mas com essa moda surgiu outra relação complexa. Entrava na minha vida uma coisa chamada bandelete.
Recordem-se que a franja passa por uma fase de crescimento estranha. Nem é, nem deixa de ser. Nem dá para andar solta e mal a conseguimos prender. Nesses momentos, aparece outro instrumento de repressão: a bandelete. O que eu sofri com aquelas coisas que me faziam parecer sempre igual em todas as fotos... A emancipação surgiu anos depois e deu resultados tão bonitos como ter cabelo à rapaz. Agora é ver-me com o cabelo comprido, feliz e solta.
Eis se não quando aparece a moda das franjas. (A história está a ficar demasiado grande, mas é para dar mais drama e justificar a mim mesma esta mudança de vida.) Tremi de repulsa. Praguejei. Clamei aos céus por justiça. Resisti durante anos. Até que ganhei coragem e enfrentei o meu ódio de criança. Aquelas pontas irritantes que me batiam nos olhos e que me impediam de fazer aquele movimento incrível de puxar o cabelo para trás. Rendi-me à mudança, abracei o meu "inimigo" e juntei-me a ele. Mas atenção, a franja não é igual à antiga. Isso não suportaria.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
As belas das eleições
Não vou tecer comentários sobre quem era o melhor candidato porque na minha opinião nenhum cumpria os mínimos olímpicos. Votei porque acho que é o mínimo que podemos fazer nesta sociedade e porque acredito na democracia. Nem vou falar na abstenção histórica. Retenho duas bonitas lembranças do dia de ontem: os candidatos independentes estão a ganhar terreno, um claro sinal para os boys dos partidos e de que a sociedade civil está a mexer-se; e outra recordação a reter foi ver o arrumador de carros que "trabalha" (em regime de part-time) perto de minha casa a votar. Pode ser agarrado ao cavalo, dizer mal da sociedade, viver de arrumar carros ou de vender "extras", mas vota. Sim, senhor. Gostava de saber era em quem é que ele votou.
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Simplesmente Sophia
Para atravessar contigo o deserto do mundo
"Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei
Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso
Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento"
Sophia de Mello Breyner Andresen
Livro Sexto (1962)
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
O estranho fenómeno dos ajuntamentos
Não vou fazer um tratado psicológico, nem aventurar-me com explicações filosóficas. Vou apenas fazer um reparo. Por que raio é que as pessoas teimam em sentar-se sempre ao lado umas das outras quando há vários metros quadrados de espaço livre?
Exemplo prático. Cenário: balneário do ginásio. Detalhes temporais: 15h. Estado emocional: benzinho.
Acabo de sair do ginásio e vejo, para minha felicidade, que não há ninguém no balneário. Tomo um banho calmamente. Visto-me sem grandes pressas e posso espalhar a roupa à vontade. Enquanto me dirijo para o balcão do secador, aparece uma senhora apressada. Dirige-se para onde estão as minhas coisas e num espaço com 40 cacifos vazios espalhados por uns bons metros quadrados, onde é que ela vai plantar as suas coisas? Pois bem, junto das minhas, com apenas um cacifo de intervalo. Porquê? Teria frio? Quereria mostrar-me o seu fio dental? Ou melhor, ver a minha roupa transpirada dentro do saco da ginástica? Acharia que ali, onde está o único ser humano do balneário, é o melhor sítio? É um fenómeno que não entendo. Juro que não entendo. Tentei esconder a minha cara de mau feitio. Mas tinha mesmo vontade de conversar com a senhora e tentar descortinar a razão deste fenómeno tão humano. Fica para a próxima.
Exemplo prático. Cenário: balneário do ginásio. Detalhes temporais: 15h. Estado emocional: benzinho.
Acabo de sair do ginásio e vejo, para minha felicidade, que não há ninguém no balneário. Tomo um banho calmamente. Visto-me sem grandes pressas e posso espalhar a roupa à vontade. Enquanto me dirijo para o balcão do secador, aparece uma senhora apressada. Dirige-se para onde estão as minhas coisas e num espaço com 40 cacifos vazios espalhados por uns bons metros quadrados, onde é que ela vai plantar as suas coisas? Pois bem, junto das minhas, com apenas um cacifo de intervalo. Porquê? Teria frio? Quereria mostrar-me o seu fio dental? Ou melhor, ver a minha roupa transpirada dentro do saco da ginástica? Acharia que ali, onde está o único ser humano do balneário, é o melhor sítio? É um fenómeno que não entendo. Juro que não entendo. Tentei esconder a minha cara de mau feitio. Mas tinha mesmo vontade de conversar com a senhora e tentar descortinar a razão deste fenómeno tão humano. Fica para a próxima.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Vargas Llosa
Não gosto do final dos livros. Porquê? Muito simples, não quero que acabem. As últimas páginas são as que demoram mais tempo. Não gosto de acabar um livro assim por acaso. Tem de ser num momento especial, sem distracções. Uma coisa solene. Se chego ao fim de um livro é porque estou a gostar. Se a meio me farto, desisto. Há tanta coisa boa para ler que procuro melhor.
Hoje acabei o livro "Travessuras da Menina Má", de Mario Vargas Llosa. Gostei bastante. Não sei se aquilo é amor verdadeiro, obsessão, vício, oportunismo. É um pouco de tudo. Mas quem pode, realmente, criticar a dedicação de uma vida a outro ser humano. Mais não digo. Quem leu sabe do que estou a falar. Quem não o conhece, aconselho vivamente que o faça. Quero deixar aqui o final do livro que resume tudo muito bem. Spoiler alert! Quem não quer saber como acaba, pode fechar a página agora.
"Uma tarde, sentados no jardim, à hora do crepúsculo, disse-me que, se algum dia me lembrasse de escrever a nossa história de amor, não a fizesse ficar muito mal porque, nessa altura, o seu fantasma viria todas as noites puxar-me pelos pés.
- E porque é que te lembraste disso?
- Porque sempre quiseste ser escritor e não te atrevias. Agora que vais ficar sozinho, podes aproveitar; assim não terás tantas saudades minhas. Pelo menos, confessa que te dei assunto para um romance. Não foi, menino bom?"
Hoje acabei o livro "Travessuras da Menina Má", de Mario Vargas Llosa. Gostei bastante. Não sei se aquilo é amor verdadeiro, obsessão, vício, oportunismo. É um pouco de tudo. Mas quem pode, realmente, criticar a dedicação de uma vida a outro ser humano. Mais não digo. Quem leu sabe do que estou a falar. Quem não o conhece, aconselho vivamente que o faça. Quero deixar aqui o final do livro que resume tudo muito bem. Spoiler alert! Quem não quer saber como acaba, pode fechar a página agora.
"Uma tarde, sentados no jardim, à hora do crepúsculo, disse-me que, se algum dia me lembrasse de escrever a nossa história de amor, não a fizesse ficar muito mal porque, nessa altura, o seu fantasma viria todas as noites puxar-me pelos pés.
- E porque é que te lembraste disso?
- Porque sempre quiseste ser escritor e não te atrevias. Agora que vais ficar sozinho, podes aproveitar; assim não terás tantas saudades minhas. Pelo menos, confessa que te dei assunto para um romance. Não foi, menino bom?"
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Agenda nova
Ainda não tive coragem de escrever na minha nova agenda. Costumo ficar entusiasmada com as páginas em branco. Fico cheia de vontade de escrever todos os aniversários e de colar papelinhos com malas de viagem, bolos de aniversário e coisas que tais. Também gosto de pegar nas agendas antigas e folheá-las. É uma espécie de diário com diversão e trabalho. Este ano não me apetece nem um bocadinho. Sinto-me num limbo, à espera que aconteça qualquer coisa que me desperte deste estado catatónico. Vou ter de quebrar o ciclo e pimba. Abrir as páginas e reconhecer que este ano já chegou.
domingo, 16 de janeiro de 2011
"O Turista"
Classificação em estrelinhas: três. Em palavras: média. Explicação quase detalhada: O filme não é mau, mau. Também não é extremamente bom. É medianozinho a dar para o positivo. É um tempo bem passado. Dá-se umas risadas pelo meio e tem-se aquela sensação de "ah... que giro. Olha, acabou." O lado incrível do filme aproxima-se, fica mesmo muito perto, tão perto que o podemos tocar e depois... Não se concretiza. Tem um twist catita no final e se fosse sempre assim acho que resultaria melhor. Depp/Jolie não são uma má junção. Aliás, é o ponto forte do filme. Mas falta um danoninho para tudo ser mesmo bom.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Inutilidade/estupidez humana 398
Não há muito a dizer acerca da invenção de uma linha de sapatos de salto alto para bebés. Primeira reflexão/pergunta: porquê? Segunda: estas pessoas não tinham mais nada para fazer? Terceira: os pais gostam assim tanto de gozar com os próprios filhos? Quarta: quem comprar isto é porque quer entrar no concurso da mascote mais fixe do bairro? Última: Porquê? A sério, porquê?
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Basta dançar
Se não experimentaram, experimentem. Se já o fizeram e ficaram espantados com tamanha descoordenação motora, não há problema. A Wii não vai gozar. Se as coreografias parecem incrivelmente rídiculas e sem aplicação prática, tudo bem. Continua a valer a pena. Conselho do dia: chegar a casa e fazer figuras tristes em frente à TV. Dançar como se não houvesse amanhã é óptimo. Tenho dito. Temas preferidos: "I feel good", "Proud Mary" e "Hot Stuff".
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Ode às músicas pirosas
Isto é pior do que cair no pátio da escola e ter a turma inteira a rir às gargalhadas da nossa aselhice. Confessar as músicas pirosas que gostamos de ouvir quando não há ninguém por perto é um momento trágico-cómico. Aqui ficam algumas. Confesso que tudo começou com este dueto. Quando o ouvi na rádio achei muito mau. Depois ouvi mais umas vezes e pimba. "It's a quarter after one, I'm all alone and I need you now." Fico com o coração apertadinho a pensar naqueles momentos em que só uma pessoa no universo e arredores nos pode ajudar.
Acho que as músicas pirosas servem bem a sua função. Falamos de pirosice q.b. Os temas aqui abordados não foram criados para serem obras de arte, mas para nos alegrarem em determinados momentos, para nos fazerem rir ou mesmo para sermos bem pirosos e ficarmos tocados pela lamechice alheia.
Acho que as músicas pirosas servem bem a sua função. Falamos de pirosice q.b. Os temas aqui abordados não foram criados para serem obras de arte, mas para nos alegrarem em determinados momentos, para nos fazerem rir ou mesmo para sermos bem pirosos e ficarmos tocados pela lamechice alheia.
NYC murder
A história que marca o início de 2011 é um crime sórdido que colou toda a gente ao ecrã da TV. Uma história trágica que parece escrita por uma Agatha Christie do Séc. XXI ou retirada de um episódio do CSI. Os crimes são sempre histórias apaixonantes, porque ficamos a pensar: "como é possível que um rapaz tão normal tenha feito aquilo?". Aparecem sempre pessoas a dizer como o assassino era tão educado, simpático e normal. No caso do Renato, um jornalista encontrou o café onde ele ia comer e uma senhora a dizer: "Ele dizia sempre obrigado e era muito discreto". Um homicida normalmente não agradece, tem ar de mau, um olho torto ou algo assim. Alertas divinos para os humanos. Uma espécie de história da Disney. Adiante. O que me tem chocado nesta história não são apenas os contornos sádicos do crime, mas a reacção das pessoas. Há quem tenha a coragem de escrever e dizer que o Carlos Castro merecia. Que o coitado do assassino é uma vítima. Este crime vem provar que ainda há muita gente homofóbica neste país. Esquece-se que é um crime violento, com requintes de malvadez e que a vítima é quem morreu.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Lições de vida segundo George Costanza
Dormir no trabalho pode parecer uma boa solução, mas não é:
Uma grande lição de vida é parecer chateado no trabalho. Sempre. Ter ar stressado e chateado é sinal de que se trabalha. Tentei descarregar o vídeo mas não consegui. Basta clicar aqui para perceber a perfeição desta técnica Costanza tão utilizada no nosso país.
http://www.youtube.com/watch?v=yd9ma2UVLHM&playnext=1&list=PL83A8CB5C35B8E839&index=14
Uma grande lição de vida é parecer chateado no trabalho. Sempre. Ter ar stressado e chateado é sinal de que se trabalha. Tentei descarregar o vídeo mas não consegui. Basta clicar aqui para perceber a perfeição desta técnica Costanza tão utilizada no nosso país.
http://www.youtube.com/watch?v=yd9ma2UVLHM&playnext=1&list=PL83A8CB5C35B8E839&index=14
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Castigar bichos fofos não é fixe
Escrevo isto quando já fizemos as pazes e eu aguentei-me estoicamente durante todo o castigo. Passo a explicar. As minhas duas gatas ainda não entraram na adolescência, mas de vez em quando têm ataques severos de loucura acidental. Salta-lhes a mola e pimba. É vê-las a saltar, pular, derrubar coisas, a fazer asneiras de tal dimensão que incluem derrubar árvores de Natal. Adiante. Face a isto, um dono responsável só tem uma saída: castigar e gritar. Pela ordem inversa. Tentar uma palmadita e também é uma possibilidade. Aqui fica um exemplo prático:
Gata com ar suspeito, meio amedrontado, no corredor. Segunda gata, descansadamente, em cima do balcão da cozinha a tentar comer os restos ou a lamber o que apanhar. Ser humano levanta os braços e grita. Segunda gata sai disparada para o corredor, com ar de "ai, sou tão fofinha, mas quando virares costas faço o mesmo". Humano pensa, elas têm de aprender. Gatas fogem com sucesso, mas não escapam ao castigo que as fará reflectir sobre o dia em que derrubaram a árvore, atiraram comandos para o chão e subiram para o balcão da cozinha. Felinos ficam restritos a três divisões: corredor, cozinha e casa de banho. Humano continua a sua vida em casa, mas cada vez que olha para as gatinhas com o ar mais fofinho e de "não fiz por mal", só lhe apetece encher os bichos de mimos e beijinhos. Nada feito. Tem de se aguentar. Humano fica triste e com remorsos. Passado pouco tempo felinos acalmam-se e é assinado o tratado de paz.
Conclusão do dia: Não quero pôr ninguém de castigo. Mesmo que sejam só duas gatinhas que ficaram com menos uns metros quadrados para brincar. É uma grande chatice e custa. Nem quero imaginar com catraios.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Sem títutlo
Não sou supersticiosa, nem acredito em universos preocupados com o meu ser e atentos a todos os meus movimentos. Não há cá karmas, presságios e filhos dessas coisas. Mas... Há sempre um mas a rematar qualquer coisa ou para sublinhar uma conclusão brilhante. Mas… acredito nas consequências das nossas acções (Uma coisa quase bíblica, não?). Passo a explicar. Tudo o que tu fazes tem consequências. Lógico, certo? Só isso.
Exemplo para reforçar teoria do dia: Comecei 2011 com uma nuvenzinha cinzenta em cima da cabeça. Parece que tudo me corre mal. Ando em baixo, sem vontade e parece que o universo me avisa "vai tudo correr mal". Mas não é isso. O que acontece é que quanto mais em baixo uma pessoa está, mais desatenta, desconcentrada e stressada fica. É o efeito bola de neve. Por isso, não é de estranhar que entorne coisas, escorregue, quase caia e faça tudo ao contrário. O galo era o início, só espero terminar o mês sem partir nada. Porque ontem ia-me partindo umas dez vezes, a escorregar de maneiras tão idiotas que enfim...
P.S. - Podemos saltar já para 2012?
Exemplo para reforçar teoria do dia: Comecei 2011 com uma nuvenzinha cinzenta em cima da cabeça. Parece que tudo me corre mal. Ando em baixo, sem vontade e parece que o universo me avisa "vai tudo correr mal". Mas não é isso. O que acontece é que quanto mais em baixo uma pessoa está, mais desatenta, desconcentrada e stressada fica. É o efeito bola de neve. Por isso, não é de estranhar que entorne coisas, escorregue, quase caia e faça tudo ao contrário. O galo era o início, só espero terminar o mês sem partir nada. Porque ontem ia-me partindo umas dez vezes, a escorregar de maneiras tão idiotas que enfim...
P.S. - Podemos saltar já para 2012?
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
E esta, hein?
Criamos a nossa imagem, agimos da forma que nos parece ser a mais correcta, comportamo-nos como tal. Actuamos segundo a nossa cartilha. Compreendemos os nossos defeitos, manias e vícios. Tentamos contorná-los. Cometemos erros pelo caminho. Ainda assim, achamos que está temos tudo controlado. O que sai cá para fora é o nosso reflexo. De repente, percebemos que há quem compreenda as nossas acções segundo uma perspectiva completamente diferente. A primeira reacção é achar que é impossível, uma difamação. Depois percebemos que não há situações inequívocas, que tudo o que fazemos pode ser visto por outro prisma. Um novo prisma que nem nos passou pela cabeça. Raios partam o mundo cinzento. Não há preto e branco.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Terminar o ano com um galo
Há bastantes anos que não tinha um galo no alto da cabeça. Melhor, na testa. Tudo aconteceu nas vésperas do ano novo, quando me desloquei a um café chique/trendy/coiso na baixa lisboeta. Por volta das 16horas, bebi um chá como manda a etiqueta, acompanhado por uma boa conversa, até que tive de sair apressada de telemóvel em punho. Estava stressada e com um problema entre mãos. Saí determinada a pôr ordem na situação e choquei contra a porta de vidro. Foi de tal maneira forte que ainda hoje me dói. Fez um barulho tipo: “tóiiiñnnnn” (sou muito má em onomatopeias, peço desculpa). Fiquei com aquela cara de parva: “não sei o que aconteceu”. Olhei para trás e estava toda a gente a olhar para mim. Os empregados ficaram espantados, com cara de pena e um insulto escondido: “Que parva”. Lá fiz o meu sorriso 33, praguejei qualquer coisa e sai depressa. O pior é que tinha de voltar ao bar. Por sorte, tinha o casaco na mão e deu para disfarçar. Mas os empregados toparam-me. Era ver-me de mão na cabeça e orgulho ferido. Presságio de 2011? Confesso que este novo ano não me entusiasma nada. Bem pelo contrário. É ouvir falar de crise, de IVA, desemprego, mais crise… Só me apetece fugir.
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