sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Gatas x 2 + gotas x 4 = ?

Já confessei ao mundo a minha escassa ou nenhuma experiência com animais. Agora que estou finalmente a preencher essa lacuna na minha vida, deparo-me com outra questão: a manutenção.
Não falo da comida, do xixi e do cocó, nem do colo e dos abraços e beijinhos, do sofá estragado, dos phones assassinados, falo das doenças. Uma das minhas gatas ficou com coriza (uma espécie de conjuntivite felina), fomos ao veterinário e como receita médica medicamentos e gotas... Ora imagine-se pôr gotas a gatos.
São um bicho que adoro mas convenhamos que agarrar num gato, abrir-lhe o olho e espetar-lhe uma gota não é tarefa fácil. Ah! Mas há melhor. Não é uma gota em cada olho, são duas. Da primeira vez, o bicho achou estranho. Até o conseguimos enganar para a primeira ou segunda gota. Agora e as outras?
Fui a debutante na tarefa que logo passei ao outro dono. Muito mais dotado do que eu para estas coisas de agarrar um gato pela parte de trás do pescoço e mantê-lo imóvel.
Agora a piece de resistance: O raio da porcaria da coriza já passou, segundo diz o médico que visitei hoje, mas a gata continua com lágrimas. Depois de muitas análises, parece estar tudo bem. Mas pelo sim, pelo não, mais umas quantas gotas.
A outra gata que estava óptima para destruir tapetes, começou esta semana com uma pele branca nos olhos. Achei aquilo estranhíssimo. Afinal, diz que é uma terceira pálpebra, coisa comum e tal. Pois bem, vai levar gotas também. Numa espécie de: "já que aqui estamos vai tudo a eito".
Resultado da minha segunda ida ao veterinário: nada de comprimidos que elas comem como se fosse um doce e como presente de Natal: 8 gotas em cada gata! Sou péssima a fazer contas, mas óptima a medir os níveis de stress cá de casa. RRRRRrrrr.
As bichanas tentam de tudo para nos escapar. Já era complicado dar quatro gotas numa. Agora são oito em cada gata!!!
É vê-las a espernear, tremelicar o olhar e fazer carinha de condenado à pena de morte. Uma pessoa tem de se aguentar estoicamente e cruzar os dedos para que não passem a odiar os donos que tanto mimo lhes dão e que de um dia para o outro, vá-se lá saber porquê, passaram a ter rituais veterinários de péssimo gosto.

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