domingo, 27 de junho de 2010

Indignem-se! Ou então não.

Compromisso de honra: não ultrapassar um parágrafo para evitar irritações. Aqui vai a tentativa. Gosto daquelas pessoas que se indignam com tudo e têm sempre uma opinião negativa sobre o assunto mais consensual do mundo do tipo: "quando o sol brilha está um belo dia". Faz bem à massa cinzenta ser desafiada por opiniões contraditórias. No fundo, essas pessoas cumprem a sua função, quase como se fosse uma espécie de equilíbrio dos mundos (uma tanga fica sempre bem). Mas lanço o desafio: por que será que Vasco Pulido Valente se zanga com tudo? Parece não gostar de nada e indigna-se muito. A vítima de hoje no "Público" é o José Saramago. Não vou defender se era bom ou mau escritor, se era o melhor a seguir a Camões e a Pessoa, mas há um facto consensual: a importância do prémio Nobel. Vasco Pulido Valente discorda: "O prémio Nobel não garante a importância literária de ninguém. Basta ver a longa lista de mediocridades que o receberam." Mas há mais: "Que Saramago fosse o único escritor de língua portuguesa a receber essa mais do que duvidosa distinção não o acrescenta em nada, nem acrescenta nada à língua portuguesa." "Por mais que se diga, e até que se berre, Saramago não era uma glória nacional indiscutida e universalmente venerada."
Bolas! Não consegui ficar-me por apenas um parágrafo. Fiquei irritada com o que senhor escreveu e só me apetece dizer: "Raios partam! Vai passear, ser feliz e deixar de parecer ressabiado." (P.S.: como escrevi "só me apetece dizer", significa que não disse. Para evitar confusões. LOL)

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