segunda-feira, 14 de junho de 2010

A grande pergunta numa manhã de segunda-feira!

Segunda-feira de manhã. Sono e mau humor. Mesmo depois de beber café, continuo a achar que sair da cama e ir trabalhar é a maior injustiça no mundo. Ainda por cima o sol finalmente fez o favor de brilhar e não o vou aproveitar.

Cheguei ao carro e fui surpreendida por um irritante papelinho no pára-brisas. Mais uma razão para achar que a vida é difícil (O drama!). Contrariei a preguiça e decidi retirá-lo. O destino do papelinho seria morrer tostado ou ensopado no vidro da frente. Salvei-o. Quando agarro no dito, penso que vou encontrar uma publicidade a um restaurante indiano ou algo do género e sou surpreendida pela pergunta: "Por que temos de morrer?". É a pergunta! A par de "Deus existe?" (questão que já resolvi na minha cabeça). O "temos de morrer" é que é um tema chato. Por que raio é que isto tem de acabar? Bastava espalhar a humanidade por satélites, planetas, estrelas e pronto. (pensamento idiota, certo? Não, não tenho 5 anos, mas era bom que assim fosse. Depois, haveria o problema de: "O que fazer aos maus?" Tema para outra conversa. Voltemos à idade adulta.)


Folheio a brochura e eis que me deparo com a resposta: morremos porque a culpa é nossa. Ora bolas! Aqui vai a citação: "A morte é consequência do pecado. Deus não criou o homem para que este viesse a morrer". (Ahhh! Isso faz sentido!?) "O pecado de Adão, o primeiro ser humano foi transmitido a toda a sua descendência." Bolas! A explicação espalhada pelos pára-brisas dos carros tem a assinatura da Assembleia de Deus Pentecostal. O Adão estragou tudo. E a minha segunda-feira não melhorou!

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