quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O tempo é relativo

São 11 da manhã, mas onde trabalho parecem 7. Há meia dúzia de pessoas, tudo com cara de sono. Há um silêncio estranho, demorado, sem interrupções. Sinal do fim dos tempos? Gostava de sentir o mundo a avançar, a mexer-se, a fervilhar. Wake up people. Rise and shine. Vamos lá para a frente, que isto de ficar à espera do mundo nunca deu em nada. Ou deu?
Na televisão uma espécie de Armagedão. Orçamento ou não orçamento... Ficar feliz com 23% de IVA ou com a queda do governo, mais atrasos, mais eleições e outros senhores que provavelmente farão o mesmo? Não se vê grande luz ao fundo do túnel.
A solução era começar tudo de novo, como as famílias americanas. Declara-se falência e pronto. Mudamos o nome da empresa, dizemos que fomos comprados, que a herança histórica mantém-se, não temos é dívidas e outros problemas, como por exemplo, a mania de viver acima das nossas possibilidades. Já os romanos diziam que éramos ingovernáveis. Será?
Somos óptimos é a dar festas. A sério. Damos perfeitos organizadores e relações públicas. Os exemplos estão aí: Expo 98, Euro 2004. Andámos todos felizes, o pessoal visitou-nos, comou bem, apanhou sol e pagou-nos. Perfeito. Podíamos ser uma espécie de república das festas. Temos um climazinha simpático, gente simpática e boa comida. Topam? (ler com tom de irónia e de má disposição)

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