quarta-feira, 17 de abril de 2013
Boston pode ser em qualquer lado
Quando ouvimos que explodiram duas bombas nos Estados Unidos é inevitável revermos na nossa cabeça o 11 de Setembro. É uma marca na história mundial, tal como a Segunda Guerra Mundial foi para as gerações anteriores. Mas o que é mais assustador nestes episódios é que não há um rosto. Ou seja, não há um país dos maus que simplifique este mundo tão complicado. O nosso cérebro precisa desses atalhos para organizar a informação. Estes atacam são maus, vamos retaliar e tudo há-de correr bem. Até pode não correr e causar tanta desgraça como os outros episódios, mas pelo menos fica arrumado aqui na cabeça.
Bem sei que é um ponto de vista muito simplista, ingénuo, talvez. No entanto, há uma coisa que me assusta. E isso é pensar que basta um grupo de meia dúzia de pessoas, com muitas ou poucas ou nenhumas relações com grupos terroristas, apenas que simpatizam com os ideais, que engulam a pastilha do fanatismo, e que um dia acordam e decidam matar pessoas. Arranjam uma bombinha caseira, escolhem um local público e chocam a humanidade, retiram vidas como quem dá cá aquela palha. É triste e assustador porque quanto a isso acho que não há solução à vista.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Sem título é melhor
Passaram-se vários meses desde que disse que voltava e não voltei. Uma promessa a pairar no ciberespaço que não deu em nada. As minhas intenções eram boas, é certo. Mas depois... Olhem, não me apeteceu mais. Então por que raio vou voltar agora? Pois que não sei, nem vou arriscar dizer que vou voltar porque não sei se é verdade.
O que terá acontecido então nos últimos meses? Pois que engravidei. Foi isso. Não foi um acidente, foi mesmo uma vontade dos dois, mas por mais vontade que seja acho que nos apanha sempre desprevenidos, no sentido em que ninguém está mesmo pronto para ser mãe ou pai. A criança ainda não nasceu, mas está perto disso. Já fiz cursos de preparação para o parto, tenho enxoval comprado, com direito a maquinetas tipo esterilizador e afins e ainda assim sei que não estou pronta. Ninguém está. Quando nascer logo se vê o que o nosso cérebro vai decidir. Acho que tive tantas coisas a passarem-se na minha cabeça, com muito trabalho pelo meio, que não me conseguia focar em mais nada. Podia até dizer que teriam sido não sei quantos meses a preparar-me para a mudança. Mas acho que seria mentira. Estou tão impreparada como no dia em que fiz dois testes de gravidez (sim, dois que isto é melhor verificar) e fiquei radiante por descobrir que aquilo queria dizer que ia ser mãe. Senti uma felicidade muito grande, diferente, uma euforia e ao mesmo tempo a sensação: e como vai ser? Olhem, pois que não sei. Logo se vê.
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